CONJUGAÇÃO PERIFRÁSTICA
A conjugação perifrástica refere-se a não-tempos — chamemos-lhe assim porque, embora
esteja gramaticalmente correcto utilizar qualquer uma das formas abaixo, estas
não são tempos verbais na nossa gramática.
Podemos utilizar a conjugação perifrástica para
exprimir os seguintes sentidos:
·
Necessidade - ter de + infinitivo (ex.: Eu tenho de melhorar a linguagem);
·
Certeza - haver de + infinitivo (ex.: Hei de conseguir melhorar.);
·
Intenção - estar para + infinitivo (ex.: Estou para melhorar.) ou estar prestes a + infinitivo (ex.: Estou prestes a melhorar.);
RELAÇÃO DE COORDENADA E SUBORDINADO
Ø Oração Coordenação é um processo de ligação de frases independentes, ou seja,
entre duas orações coordenadas não existe relação de dependência, uma não
está dependente da outra para ter sentido próprio.
Ø Oração Subordinação é um processo de ligação entre duas
orações em que uma se torna dependente da outra. Assim cada frase assume a
designação de subordinada.
Ø Oração são as conjunções e locuções da frase.
ORAÇÃO COORDENADAS
Quanto
à classificação das orações coordenadas,
temos dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas Sindéticas.
1.
Coordenadas Assindéticas
·
São orações coordenadas
entre si e que não são ligadas através de nenhum conectivo. Estão apenas
justapostas.
2.
Coordenadas Sindéticas
·
Ao contrário da
anterior, são orações coordenadas entre si, mas que são ligadas através de uma
conjunção coordenativa.
As
orações coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas,
explicativas e conclusivas. Como:
ADITIVAS
OU COPULATIVAS.
Estabelecem,
em relação à oração anterior, uma ideia de acréscimo, adição.
- Principais: e, nem, mas
também, como (após "não só"), como ou quanto, ainda, ademais,
outrossim, mais, que, etc.
Exemplos:
- Vou almoçar e jantar
na casa do Renato.
- A menina não só chorava como também
mostrava-se arrependida.
ADVERSATIVAS.
Estabelecem
uma ideia de contraste, oposição.
Principais:
mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante, inobstante,
senão, e, quando, antes, agora, nem, etc.
Exemplos:
- Eu queria ir à praia, mas estava
chovendo.
- Ela falou, todavia não
foi brilhante.
- Eu estava indo de metro, entretanto começou
a chover.
ALTERNATIVAS
OU DISJUNTIVAS.
Estabelecem
uma ideia de alternância ou exclusão.
Principais conjunções:
ou… ou, ora… ora, já… já, quer… quer, seja… seja, talvez... talvez, não… nem,
nem... nem, etc.
Locuções: Exemplos:
- Ora quer
ir à praia, ora quer ir ao shopping!
- Ou aceitarás
minha proposta ou farás outra.
- "Já prélios
incitam, já cantam victória,/ já meigos
atendem à voz do cantor." (Gonçalves Dias)
EXPLICATIVAS.
Estabelecem
uma ideia de explicação, motivo.
Principais:
que, porque, porquanto, por, como, pois (anteposto ao verbo), ou seja, isto é,
já que, visto que, uma vez que
Exemplos:
- Estou cansado, visto que trabalhei
muito hoje.
- Fui à praia, pois o
parque estava lotado.
- Saiam daqui, porque estão
atrapalhando a passagem.
CONCLUSIVAS
Estabelecem
uma ideia de dedução e/ou conclusão.
Principais:
pois (posposto ao verbo), logo, portanto, então, por conseguinte, por
consequência, assim, desse modo, destarte, com isso, por isto,
consequentemente, de modo que, por.
Exemplos:
- João e eu já fomos
namorados, portanto, terminamos.
- São crianças, logo precisam
brincar.
ORAÇÕES SUBORDINADAS
Subordinação é um processo de ligação entre duas
orações em que uma se torna dependente da outra. Assim cada frase assume a
designação de subordinada.
Orações Subordinadas Relativas com
Antecedente
Na identificação de uma oração relativa é preciso,
em primeiro lugar, observar se existe a conjunção que na
frase, e em segundo lugar, ver qual é o antecedente da conjunção que.
Se o antecedente for um nome, estamos perante uma Oração Subordinada Relativa.
As orações subordinadas relativas podem
ser de duas formas, Restritivas ou Explicativas.
·
Restritivas - São introduzidas pela conjunção
relativa que, tendo a função de restringir a informação dada sobre
o antecedente. Restringem, ou seja, limitam a significação de um nome ou
pronome. São indispensáveis na frase e como se ligam ao antecedente
sem pausa não se separam por vírgulas.
·
Explicativas - São introduzidas pela conjunção
relativa que, tendo a função de acrescentar ao antecedente uma
qualidade acrescida, esclarecendo melhor a significação. Não são
indispensáveis na frase, na fala marca-se uma pausa e aparece na escrita entre
vírgulas.
Resumindo e Concluindo:
Você está perante uma Oração Relativa com Antecedente. Para
identificar se ela é Restritiva ou Explicativa, é fácil, basta observar se
na frase existe algo entre vírgulas, se existir é uma Explicativa, se não
existir é uma Restritiva.
Em relação as Orações
Subordinadas Concessivas, estas transmitem uma ideia de oposição/
obstáculo, sendo assim, a acção enunciada na oração subordinante irá se
realizar mesmo tendo uma oposição.
Existem três formas de expressão da Subordinada Concessiva, ou seja, encontrando uma destas três
situações você está perante este tipo de Subordinada, observe:
Ø Tendo umas destas conjunções:
Embora, conquanto, ... + Conjuntivo;
Ø Tendo uma destas locuções: Ainda
que, mesmo que, posto que, nem que, se bem que,... + Conjuntivo;
Ø Tendo expressões circunstanciais +
Infinitivo ou Gerúndio.
A Oração
Subordinada Consecutiva é a orações subordinada que se apresenta como a
consequência da subordinante onde aparece uma conjunção de ligação.
De maneira qu; de modo que; de tal maneira que; de forma
que; de tal sorte que; tanto .... que; tão ... que; ....
A Oração Subordinada Comparativa estabelece uma relação de
comparação e por vezes o verbo está omitido (subentendido).
ex:. = Como
Tal como um guerreiro enfurecido, Anderson correu para
salvar sua pátria.
As orações subordinadas relativas podem ser de duas formas, Restritivas ou Explicativas.