Índice
1.Introdução
População activa empregada principalmente nos sectores primários
ou no sector terciário em actividades marginais; Cidades com crescimento muito
rápido e cercada por bairros pobres e miseráveis; Baixo nível de vida da
maioria da população; Crescimento populacional elevado e Expectativa de vida
baixa, fraca assistência médica e medicamentosa, baixa nível de escolaridade.
É
neste contexto que o presente trabalho da cadeira de tendência do desenvolvimento económico em África e Moçambique que
tem como Tema: a razão da existência de
taxas altas de desemprego nos países em desenvolvimento, especialmente nas
cidades, e porque é que a migração das zonas rurais para as cidades persiste
mesmo havendo poucas probabilidades de se encontrar emprego. Que tem como Objectivos:
1.1.Objectivo Geral:
Ø Analisar a razão da
existência de taxas altas de desemprego nos países em desenvolvimento,
especialmente nas cidades, e porque é que a migração das zonas rurais para as
cidades persiste mesmo havendo poucas probabilidades de se encontrar emprego.
1.2.Objectivos Específicos:
Ø Descrever
a razão da existência de taxas altas de desemprego nos países em desenvolvimento,
especialmente nas cidades;
Ø Explicar
a razão da migração das zonas rurais para as cidades persiste mesmo havendo
poucas probabilidades de se encontrar emprego.
Quanto
a metodologia por se tratar de um trabalho académico, para a sua melhor
compressão usou-se o método de consulta Bibliográfico e alguns documentos
extraído na internet com uma linguagem afirmativa clara e precisa.
A razão da existência de
taxas altas de desemprego nos
países em desenvolvimento, especialmente nas cidades, e porque é que a migração das zonas rurais para as
cidades persiste mesmo havendo poucas probabilidades de se encontrar emprego.
A
designação "em desenvolvimento" são destinadas a conveniência estatística
e não necessariamente expressam um juízo sobre o estágio alcançado por um
determinado país ou região no processo de desenvolvimento.
Ou
ainda os Países em desenvolvimento são aqueles nos quais, devido a diversas
carências estruturais, uma parte importante de sua população vive em situação
de pobreza, sem ter acesso a condições mínimas de alimentação, saúde, educação
moradia e serviços básicos.
Segundo Vieira, (2005, p.345), A razão da existência de taxas altas de desemprego
nos países em desenvolvimento, especialmente nas cidades porque os países em
desenvolvimento possuem certos característicos que contribuem para uma nação
subdesenvolvida que são: “Passaram por um grande
processo de exploração durante o período colonial; Baixo nível de
industrialização; Dependência económica, política e cultural em relação às
nações desenvolvidas; Deficiência tecnológica e baixo nível de conhecimento
científico; Rede de transporte e meios de comunicação deficientes”.
Também a dependência em relação aos países
desenvolvidos; Baixo nível de produtividade e de renda; Altos níveis de
inflação e restrições orçamentais (Altas taxas de desemprego); Estrutura
económica dualista (Coexistência de duas situações, uma desejável outra não.
Ex.: economia tradicional e moderna; mercado formal e informal, crescimento e
estagnação, alguns com graus universitários e muitos analfabetos).
Ø
Portanto
possui altos níveis de crescimento populacional; Escassez de bens e serviços
básicos; Baixo nível de bem-estar ou de vida (Dependência na produção agrícola
e exportação de produtos primários); Prevalência de mercados imperfeitos e
falta de informação.
Ø
Ainda o nível de
industrialização baixíssimo; Indústrias ligadas ao beneficiamento de
produtos dependência dos países ricos. Importação
de bens de produção e bens deàagrícolas e ao setor da mineração; Mais industrializados:
África do Sul, Argélia e Egito. Atraso tecnológico consumo. África do Sul: mais de 50% da
produção industrial africana; maior parque industrial do continente; setores
automobilístico, siderúrgico, químico e
maioria transnacionais e alimentício
“As Causas do Subdesenvolvimento que contribuem para o Fraco Desenvolvimento
de outros países e Ordem económica; Políticas económicas e sociais mal
sucedidas; População (crescimento, baixo nível de conhecimento etc.); Escassez
e/ou baixo aproveitamento de recursos naturais existentes; Falta de recursos
humanos qualificados, (José, 2001, p.25)”.
2.A migração das zonas rurais para as cidades persiste mesmo
havendo poucas probabilidades de se encontrar emprego.
2.1. O marco historial de movimento das pessoas das zonas
rurais para as cidades
Estes
camponeses começaram a migrar em grande quantidade para as cidades romanas,
principalmente, a capital do império, Roma. Esta legião de desocupados passou a
preocupar os imperadores, que tinham medo de revoltas.
Criaram, pare evitar problemas sociais nas
cidades, a política do pão-e-circo (comida e diversão para acalmar e distrair
os desempregados). Ante de falar da migração das zonas rurais para as cidades
persiste mesmo havendo poucas probabilidades de se encontrar emprego primeiro
vamos falar de pequena historial. Na Roma Antiga: durante o Império Romano, a
mão-de-obra escrava foi substituindo o trabalho livre na zona rural.
Na Idade
Média: entre os séculos XIII e XV (Baixa Idade Média), o comércio voltou a ser
praticado, impulsionando o surgimento e desenvolvimento de cidades. Uma nova
classe social surgiu, a burguesia. Muitos camponeses deixavam a zona rural em
busca de melhores condições de vida nestas cidades.
Revolução
Industrial: com o surgimento das indústrias no século XVIII, as grandes cidades
europeias passaram a atrair grandes quantidades de camponeses. Estes buscavam
trabalho nas fábricas e melhores salários.
A
migração das zonas rurais para as cidades persiste mesmo havendo poucas
probabilidades de se encontrar emprego devido as varias causas que são os
principais motivos que fazem com que grandes quantidades de habitantes saiam da
zona rural para as grandes cidades são: busca de empregos com boa remuneração,
mecanização da produção rural, fuga de desastres naturais (secas, enchentes, etc),
qualidade de ensino e necessidade de infra-estrutura e serviços (hospitais,
transportes, educação, etc). (Azevedo, 2004, p.73-83),
O
trabalhador rural, em desvantagem perante a modernização do campo, sem trabalho
e sustento para a família, vê-se obrigado a migrar para a cidade em busca de
emprego e melhores condições de vida. As causas, são diversas, dentre elas
temos a mecanização no processo de agricultura.
Com
o crescimento económico de determinadas regiões, os campos modernizam-se e as
actividades manuais passam a ser mecanizadas, substituindo a mão-de-obra por
máquinas.
As
cidades industrializam-se e com as novas fábricas e empresas aumenta a oferta
de trabalho, atraindo os moradores do campo que buscam melhoria de vida e
melhores empregos. A capitalização também é um factor determinante para essa
transição do campo/cidade.
Contudo,
a oferta torna-se escassa devido à quantidade de migrantes que vão surgindo e
grande parte dessa população, que se desloca para os centros urbanos, não têm a
qualificação adequada para as vagas oferecidas.
2.2.Consequências
Os
empregos não são suficientes e muitos migrantes partem para o mercado de
trabalho informal e passam a residir em habitações sem boas condições (favelas,
cortiços, etc). Portanto com isso provoca, na maioria das vezes, problemas
sociais. Cidades que recebem grande quantidade de migrantes, muitas vezes, não
estão preparadas para tal fenómeno.
De acordo Adelino, (1995, p.142), Além
do desemprego, o êxodo rural descontrolado causa outros problemas nas grandes
cidades.
Ele aumenta em grandes proporções a população
nos bairros de periferia das grandes cidades. Como são bairros carentes em
hospitais e escolas, a população destes locais acabam sofrendo com o
atendimento destes serviços. Escolas com excesso de alunos por sala de aula e
hospitais superlotados são as consequências deste facto.
Os
municípios rurais também acabam sendo afectados pelo êxodo rural. Com a
diminuição da população local, diminui a arrecadação de impostos, a produção
agrícola decresce e muitos municípios acabam entrando em crise. “Há casos de municípios que deixam de
existir quando todos os habitantes deixam a região”. (Ferrao, 2005).
Esse
crescimento desenfreado da população urbana causou o inchaço das cidades,
deixando os trabalhadores amontoados nos morros, cortiços e com isso deu-se o
surgimento de inúmeras favelas em cidades.
As
consequências desse processo de migração em massa são inúmeras. Como o número
de trabalhadores superava o número de vagas de emprego ofertadas, muitos
acabaram instalando-se nas regiões periféricas das cidades, lugares carentes de
serviços essenciais como saneamento, saúde, escola e transporte.
Na óptica de Vasconcelos, (2005, p.123), O grande salto no número de
habitantes nas áreas carentes fez aumentar a violência e, desempregados, muitos
viram como opção o trabalho informal (como vendedores ambulantes).
A falta de planeamento urbano junto com o êxodo rural também teve como
consequência o aumento de doenças e miséria dentre as classes mais pobres.
Na
construção de uma cidade não foi diferente; um número extremamente alto de
migrantes deslocou-se para a região central do país e instalou-se pelos
arredores da capital federal, fazendo surgir cidades que estavam fora do
planeamento urbano, hoje chamadas de cidades-satélites.
Os
problemas causados pelo crescimento desenfreado e falta de estrutura urbana
para receber tal contingente de migrantes são vistos até os dias de hoje, na
desigualdade social, violência e cidades com um grande número de favelas.
O
êxodo rural, embora em menor percentual, ainda é praticado ou persiste nos dias
actuais e vem transformando a geografia do país. Acções governamentais como
incentivo aos trabalhadores rurais, subsídios e melhor planeamento urbano podem
ajudar a diminuir esse contingente de migrantes e a manter o homem do campo no
campo, para que este não venha a se tornar mais um no percentual geográfico das
grandes cidades,
(BANCO MUNDIAL 2004).
Conclusão
Feito
o trabalho concluiu-se que a designação em desenvolvimento são destinadas a
conveniência estatística e não necessariamente expressam um juízo sobre o
estágio alcançado por um determinado país ou região no processo de
desenvolvimento.
Também
a migração das zonas rurais para as cidades persiste mesmo havendo poucas
probabilidades de se encontrar emprego devido as varias causas que são os
principais motivos que fazem com que grandes quantidades de habitantes saiam da
zona rural para as grandes cidades são:
Ø Busca
de empregos com boa remuneração, mecanização da produção rural, fuga de
desastres naturais (secas, enchentes, etc), qualidade de ensino e necessidade
de infra-estrutura e serviços (hospitais, transportes, educação, etc).
Ainda concluiu-se que as Causas do
Subdesenvolvimento que contribuem para o Fraco Desenvolvimento de outros países
e Ordem económica; Políticas económicas e sociais mal sucedidas; População
(crescimento, baixo nível de conhecimento etc.); Escassez e/ou baixo
aproveitamento de recursos naturais existentes; Falta de recursos humanos
qualificados.
Os
empregos não são suficientes e muitos migrantes partem para o mercado de
trabalho informal e passam a residir em habitações sem boas condições (favelas,
cortiços, etc). Portanto com isso provoca, na maioria das vezes, problemas
sociais. Cidades que recebem grande quantidade de migrantes, muitas vezes, não
estão preparadas para tal fenómeno.
Bibliografia
1. AZEVEDO, Manuel de Antunes “do crescimento
económico ao desenvolvimento humano em tempos de globalização”. Revista
Luso de Ciências Sociais, nº 1, 2004. pp. 73-83.
2. BANCO MUNDIAL Pobreza mundial reduzida pela metade
desde 1981, mas avanços são desiguais porque o crescimento económico não
alcançou muitos países. Indicadores de Desenvolvimento Mundial, Banco
Mundial (BM). 2004.
3. VASCONCELOS, L. Ferreira “Dinâmica de rendimentos,
persistência da pobreza e políticas sociais em Portugal”. FEP Working
Papers , nº 178, Faculdade de Economia do Porto (FEP), Junho, 2005.
4. FERRAO, Tony & Tibana, Roberto A economia
política do orçamento em Moçambique. Cascais: Princípia. 2005.
5. JOSÉ G. Negrão “Como induzir o desenvolvimento em
África”. Documento de Trabalho, nº 61, 2001.
6. ADELINO Torres, Problemas de desenvolvimento.
Lisboa: Universidade Técnica de Lisboa (UTL). 1995.
7. VIEIRA, Sérgio P. Crescimento económico,
desenvolvimento humano e pobreza: Análise da situação em Moçambique. Documento
de Trabalho, nº 68, Centro de Estudos Sobre África e do
Desenvolvimento, Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade
Técnica de Lisboa (CESA). 2005.
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