sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Índice

 

Introdução

A multipolaridade ou Nova Ordem mundial, que começava a se configurar nos anos 90, seria a ordem da globalização capitalista. Ao invés de duas superpotências, e de um mundo bipolar, um novo arranjo começava a se esboçar. Para os neoliberais, a falência do mundo bipolar cederia lugar a um mundo multipolar, com os Estados Unidos, Japão e a União Europeia como seus pólos principais. As alianças militares, gradativamente, dariam lugar aos blocos económicos, cujo objectivo seria o da optimização da integração em escala global, e que, consequentemente, possibilitaria um maior desenvolvimento económico mundial com base na cooperação.
É neste contexto que o presente trabalho da cadeira de Geopolítica e Globalização, que tem como Tema: Multipolaridade e seus impactos na Globalização.
Objectivos:
Objectivo Geral:
Ø  Conhecer a Multipolaridade e seus impactos na Globalização 
Objectivos Específicos:
Ø  Definir a Multipolaridade;
Ø  Explicar a Nova ordem mundial - a mundo multipolar;
Ø  Identificar os impactos da multipolaridade na Globalização.
Metodologia do trabalho
No que diz respeito na elaboração do presente trabalho fez-se primeiro a recolha do material bibliográfico, sua crítica externa e finalmente fez se uma leitura analítica. Tratando-se de um trabalho académico, para a sua melhor compressão usou-se o método de consulta Bibliográfico e alguns documentos extraído na internet com uma linguagem afirmativa clara e precisa.
 


1.Multipolaridade e seus impactos na Globalização

1.1. O Mundo Pós Guerra Fria

No dia 9 de Novembro de 1989 mudou o panorama político do século XX. Nessa data foi destruído o símbolo concreto da divisão do mundo em dois sistemas (capitalismo e socialismo), que caracterizou o período da guerra fria.
A década de 1990 começou sem o mundo socialista, e o modo de produção capitalista voltou a ser o único a reger a economia mundial. Antes de analisar o capitalismo dos últimos anos do século XX, é muito importante dar uma atenção especial às mudanças ocorridas durante a guerra fria nos países que adoptavam esse sistema.

1.2.O capitalismo na guerra fria

Durante a guerra fria, apesar da ameaça de expansão do socialismo, o capitalismo se manteve em sua terceira fase - o capitalismo financeiro - nos países que adoptavam esse sistema económico. Porém muita coisa mudou no lado capitalista. Veja quais foram as principais modificações:
·         Os Estados Unidos assumiram a liderança do bloco ocidental, em Bretton Woods, quando o Banco Mundial e o FMI iniciaram sua fase de dominação sobre os países subdesenvolvidos, e o dólar tornou-se a moeda forte da economia capitalista
·         Novos países surgiram com a descolonização da Ásia e da África.
·         As transnacionais se espalharam pelo mundo em busca de mão-de-obra e matéria-prima baratas e de mercado consumidor. Alguns países subdesenvolvidos se industrializaram, na dependência dos países ricos.
·         Na Europa ocidental, a Comunidade Económica Europeia preparou o caminho para sua integração total, que ocorreu nos anos 1990, com a criação da União Europeia.
A década de 1980 assistiu ao início das transformações que culminariam com o fim do mundo socialista e a antiga rivalidade dos tempos da guerra fria, no início dos anos 1990.

2.Nova ordem mundial - a mundo multipolar

Para HUNTINGTON, (1997, p.312), com o fim da bipolaridade, os Estados Unidos viram-se transformados na potência "vencedora" da guerra fria e assumiram o papel da grande potência mundial. Entretanto, apesar do indiscutível poderio americano, Japão e Alemanha (hoje reunificada e integrando a União Europeia) também apareciam como pólos da economia mundial, que se tornou, então, multipolar.
Essa nova situação, que o presidente norte-americano George Bush chamou de nova ordem mundial na Conferência de Malta, em 1989, na verdade não trouxe muita coisa de novo. O que deixava de existir era a velha ordem bipolar e a rivalidade entre sistemas económicos opostos que buscavam competir usando a capacidade militar.
Com a volta do mundo (com raras excepções) ao capitalismo, que prioresa o lucro e a propriedade privada, a economia mundial passou a funcionar segundo a lógica desse sistema.
A multipolaridade, é o aparecimento de novos pólos económicos, que mudou a distribuição da riqueza no mundo. Isto é, na busca de novas estratégias para ganhar mercados passou a ter prioridade na ordenação económica do mundo.
Porém devemos admitir que mudanças fundamentais ocorreram nessa fase do capitalismo financeiro, que passou a ser chamada de Globalização. Na globalização, há um crescente aumento dos fluxos de informações, mercadorias, capital, serviços e de pessoas, em escala global. São as redes, que podem ser materiais (transportes) ou virtuais (Internet). A integração de economias, culturas, línguas, produção e consumo, através das informações, transformaram o mundo em uma aldeia global.



2.1.Caracterização da Nova Ordem Mundial


A nova ordem mundial é marcada não mais pelo poder das armas, mas pelo poder do dinheiro, as relações económicas estão mais intensas e com uma nova geopolítica. A economia mundial, globaliza-se e simultaneamente fragmenta-se em blocos regionais. A partilha do mercado mundial envolve as estratégias das grandes corporações económicas e as políticas dos Estados.

Para Gomes (2009, p. 43), a globalização pode então ser resumida a duas características, internacionalização da produção e das finanças. Passando o Estado, de protector das economias nacionais a provedor do bem-estar social a adaptar-se à economia mundial ou às transformações do mundo que ela própria e a exaltação do mercado provocam.

Surge uma mundialização do capitalismo, onde a competição e a competitividade entre empresas se tornaram questões de sobrevivência. Agora estamos em condições de afirmar que também os acontecimentos do 11 de Setembro contribuíram para a definição de uma Nova Ordem Mundial, assim como a Guerra do Iraque revelou novos equilíbrios na comunidade internacional.

Para além desta existe outras características como:
Ø  Multipolaridade
Ø  O conflito NORTE x SUL substituiu o extinto conflito LESTE X OESTE
Ø  O aspecto militar perde importância perante o aspecto econômico-tecnológico
Ø  Surgimento de inúmeros blocos económicos
Ø  Aumento das desigualdades entre os países;
Ø  Eclosão de novas tensões e novos conflitos



2.2.As grandes transformações geopolíticas

De acordo com Fukuyama, (2006, p.83), Surgiu em função de um conjunto de mudanças que levou ao fim da ordem existente, a da Guerra Fria. Essas mudanças atingiram o seu auge nos anos 80 do século XX. Estas mudanças foram:
Ø  A crise e a desagregação do mundo socialista
Ø  O fim da bipolaridade
Ø  A queda do Muro de Berlim
Ø  A consolidação do processo de globalização
Ø  O surgimento de novas potências mundiais
Ø  A revolução tecnológica e científica.

2.3.Ordem Unipolar ou Multipolar

Desde o fim da Guerra-fria que as questões da distribuição do poder e do rumo da política externa dos EUA têm dominado grande parte das discussões no seio da teoria das Relações Internacionais. Dividindo-se as posições, entre os que subscrevem a emergência de um sistema internacional unipolar e os que prevêem o regresso a um sistema de distribuição de poder multipolar.

Na verdade, a existência de um mundo unipolar com a predominância a pender para os EUA, à “primeira vista” verifica-se pela constatação de diversos factores, nomeadamente, uma hegemonia em todas as áreas do poder:

Actualmente são a maior economia do mundo, representando cerca de ¼ do PIB Mundial; detêm grandes centros de educação e investigação, levando a uma ciência e tecnologia mais avançada; ainda têm um forte poder de atracção, com o “American way of life”, a TV e o Cinema; dominam os mecanismos de regulação da maior parte das organizações internacionais (ONU, OMC, G8, NATO, FMI, NAFTA, entre outros). Tendo também por isso uma invejável posição nas relações Internacionais, porque na medida da sua grandeza, não podem ser coagidos, impor regras ou comportamentos que não queiram assumir, (ibid, 2006, p.98)

Num sistema unipolar a potência dominante adquire uma posição de hegemonia, da qual emana a criação e a manutenção da ordem internacional.

Esse poder hegemónico tende a ser coercivo e unilateral, permitindo a máxima liberdade de acção. Mas quando a potência unipolar exerce a sua hegemonia através de instituições internacionais, nesse caso pode falar-se em hegemonia multilateral, (Gomes 2009, p. 61).
“Independentemente da indefinição das polaridades depois de 1989 poderá propor-se uma concepção multipolar do mundo segundo três níveis, de acordo com a hierarquia das potências.
·         O primeiro nível é preenchido pela superpotência, os EUA.
·         Num segundo nível, estão as potências que ultrapassam claramente o âmbito regional, na projecção de poder ou na protecção dos seus interesses, embora o façam apenas em áreas limitadas. Estão neste nível o Japão e a Europa e certamente como segundos, a Rússia e China.
·         Num terceiro nível, estão as potências regionais emergentes”

2.4.A economia-mundo

A economia-mundo começou a dar seus primeiros passos quando as empresas transnacionais cruzaram as fronteiras dos Estados Nacionais, deslocando seu capital para atender a seus interesses económicos, sempre que um lugar apresentasse maiores vantagens. Essas empresas têm filiais espalhadas pelo mundo todo, fazem aplicações, movimentam recursos, decidem sobre a produção e o comércio de seus produtos, independentemente dos governos nacionais dos países onde se instalam.
A facilidade e a rapidez de fluxos comerciais de capitais, entre os países, tornou - os extremamente dependentes uns dos outros, apesar da concorrência. Com a globalização e a economia-mundo, não se discutem apenas problemas económicos na aldeia global.
Podemos falar, também, na mundialização de questões que devem ser resolvidas por grupos de países. Dentre elas destacam-se as questões ambientais, o aumento da pobreza, as crises económicas, os direitos humanos, o tráfico de drogas e as acções terroristas.

2.4.1.Ordem económica mundial

A economia mundial nasceu na Europa, porque o grande movimento de expansão planetária iniciado pelo Ocidente cristão sob o impulso das monarquias ibéricas no século XV ocorre ao mesmo tempo que os Chineses chegaram à costa de África. Sendo a civilização chinesa, mais avançada tecnicamente que a europeia (basta recordar os exemplos da pólvora, fundição metálica, entre outros), a sua expansão interrompe-se bruscamente, sem razão aparente. Tomando a Europa o protagonismo, desde o Império romano até ao capitalismo moderno.

O alargamento do espaço de controlo, por parte dos povos, ao longo da sua evolução, foi sempre efectuado quer através de potências terrestres ou marítimas, e que no caso do Império Romano integrava as duas.

O comércio também foi sempre um espaço de controlo, “Os primeiros antecedentes do comércio internacional podem fixar-se (de um ponto de vista ocidental) no intercâmbio mediterrânico da baixa Idade Média, em que Génova, Veneza e Pisa (…) serviam de ponto de ligação com o Oriente”.

Mas podemos afirmar sem grande margem de erro, que a verdadeira economia mundial se iniciou com a expansão marítima de Portugal e Espanha no século XV, sendo seguidos pela Holanda, França e Inglaterra. O comércio mundial vai enfrentar novos desafios porque “com as explorações das primeiras feitorias e zonas de colonização de ambos os países ibéricos, iniciou-se uma forte recuperação não só do comércio intra-europeu, mas também nasceu o verdadeiro comércio mundial”.

Neste contexto, o primeiro passo na era da globalização ocorre quando o português Pedro Alvares Cabral, na sua viagem em busca da Índia descobre o Brasil e se “encontram” os quatro continentes. Arrancando-se a economia das fronteiras europeias para um alargamento à escala planetária.

3.Impactos da multipolaridade na Globalização

3.1.A Globalização

Na óptica de Giddens., (2002, p.67), é um processo gradativo de aproximação em diversos aspectos (cultural, comercial, económico, financeiro, político etc.) entre os povos da Terra. Sempre ocorreu, mas se acelerou claramente nas últimas décadas.
Ø  Aumento dos fluxos de pessoas, serviços e mercadorias.
Ø  Mudanças políticas e financeiras geradas pela actual fase capitalista.
Ø  Aumento das desigualdades, com concentração de renda e exclusão social.

3.2.Globalização regionalizada

Na economia-mundo, há uma grande ampliação das trocas comerciais internacionais. E por causa dessa forte interacção, alguns países procuram agrupar-se para enfrentar melhor a concorrência no mercado mundial.
A formação de blocos económicos é uma regionalização dentro do espaço mundial, mas também uma forma de aumentar as relações em escala global, pois, ao participar de um bloco, um país tem acesso a vários mercados consumidores, dentro e fora do seu bloco. Os principais blocos regionais são: União Europeia, Mercosul, Nafta e APEC.

3.3.A formação dos blocos

Ø  Na actual fase capitalista, a da globalização, as empresas actuam tanto a nível regional, como mundial.
Ø  Portanto, esses interesses comerciais forçam os governos a retirar os obstáculos à circulação de mercadorias, capitais e serviços.
Ø  Os blocos económicos fazem parte dessa estratégia transnacional.

3.4.Tipos de blocos económicos

Ø  Zonas de Livre Comércio: é o tipo mais comum, onde as mercadorias circulam entre os países-membros sem a cobrança de impostos.
Ø  União Aduaneira: é o estágio posterior ao da ZLC onde, além da abolição de tarifas alfandegárias no interior do bloco, é definida uma Tarifa Externa Comum (TEC), que é aplicada sobre os produtos que têm origem fora do bloco.
Ø  Mercado Comum: neste estágio ocorre a padronização da legislação económica, fiscal, trabalhista, ambiental, etc. Assim, é possível a livre circulação de mercadorias, capitais, serviços e pessoas entre os países participantes do bloco.
Ø  União Económica e Monetária: é a fase onde o bloco adopta uma só moeda e segue as políticas económicas de um único Banco Central.
Ø  União Política: ainda não existe nenhum bloco neste estágio, que pressupõe uma política comum de relações externas, defesa e de segurança. A União Europeia é o bloco que está buscando este nível.

O Bloco formado pelos países da Bacia do Pacífico liderados pelo Japão, não se baseia em acordos diplomáticos como o NAFTA, ou a União Europeia, sendo na verdade uma zona de integração comercial bastante dinâmica que mantém um ritmo acelerado de crescimento económico, onde se destacam os chamados Tigres Asiáticos, a China e a Austrália.
 A Política dos Mega-blocos quer a abertura de mercado, mas na medida que cada bloco se une e se fortalece cria mecanismos proteccionistas, fechando-se em sua própria região. A Globalização permite que o mundo inteiro seja alcançado pelos mais modernos meios de comunicação, assim como pelo capital, mas está formando ao mesmo tempo uma geração de pessoas e nações excluídas (Tamanes, 2000, p.72).
Os países Centrais também chamados de países do Norte são os que organizam seus interesses buscando nos países Periféricos, ou países do Sul, as vantagens comparativas para diminuir custos e aumentar os lucros na economia-mundo. Podemos conferir isso a cada reunião do chamado Grupo dos 7.
Alguns países Periféricos também estão se unindo para garantir o seu espaço na economia mundial e não apenas sofrerem o lado negativo da Globalização.

3.5.Países emergentes

Na nova ordem mundial, o conflito Este-oeste da guerra fria foi substituído pelo conflito Norte-Sul, que opõe entre si as grandes diferenças que separam a riqueza, a tecnologia e o alto nível de vida, da pobreza, da exclusão dos novos meios técnico-científicos e dos baixos níveis de vida.
Conforme de Rainelli, (1998, 191), avança,
 a globalização é o factor fundamental para que a economia globalizada pudesse existir é a grande novidade da nova ordem mundial - a revolução dos meios de transporte e das comunicações. Hoje, factos de qualquer natureza são transmitidos no tempo real para o mundo inteiro. Podemos assistir e acompanhar acontecimentos de qualquer parte da Terra no exacto momento em que estão ocorrendo, seja uma corrida de Fórmula l, um jogo da Copa do Mundo e inclusive cenas de guerra no Oriente Médio ou na Yugoslávia. É possível comprar produtos fabricados em vários países em luxuosos shopping centers, na lojinha do bairro ou mesmo na barraquinha do ambulante da esquina.

3.5.1.A revolução técnico-científica

O sector mais importante dessa "revolução" é a indústria da informática, com o surgimento dos programas de computadores (softwares) e o avanço na técnica de armazenamento e processamento de informações através de redes digitais e cabos de fibras ópticas. A informática invadiu bancos, bolsas de valores, repartições públicas, hospitais, escolas, fábricas, lojas, supermercados e até mesmo a sua casa.
Nas telecomunicações, destacam-se os satélites artificiais e os telefones celulares de alcance mundial. Existe uma integração entre a informática e as telecomunicações: a telemática (Internet).
Outros campos também apresentam novidades, como o da biotecnologia, que é aplicada à medicina, à agricultura e à produção de alimentos. As palavras genoma (código genético) e transgénicos (geneticamente modificados) já foram incorporados ao vocabulário da média e das pessoas em geral.


3.5.2.As empresas globais

Após a Segunda Guerra, as grandes empresas dos países desenvolvidos "invadiram" os países subdesenvolvidos, para fabricar seus produtos e aumentar ainda mais seus mercados de consumo.
Desse modo, não só fugiam dos pesados impostos e das severas leis trabalhistas de seus países de origem, mas também aproveitavam as vantagens da mão-de-obra mais barata nas novas unidades. Como seus produtos eram feitos em vários países, ficaram conhecidas como multinacionais. Hoje prefere-se denominá-las empresas transnacionais, uma vez que não são empresas de vários países, como a antiga terminologia poderia sugerir, mas empresas de um só país cuja acção ultrapassa fronteiras, (Alvares, 1994, p. 87)
Nos anos 1980, as grandes empresas transnacionais perceberam que o modo de produção multinacional já não correspondia ao seu objectivo básico, isto é, mais lucro e aumento dos investimentos. Portanto, procuraram uma forma de aumentar esses lucros com a maior redução de custos (matéria-prima e mão-de-obra).
A empresa transnacional passou, então, a ser global, isto é, a aproveitar todas as vantagens que o espaço mundial oferece. Ela pode, por exemplo, fazer o seu projecto nos Estados Unidos, fabricar os componentes em Taiwan e montar o produto na Argentina. Uma transnacional se instala sempre em lugares onde encontra vantagens para que seu produto chegue ao mercado a preços mais baixos e com lucro maior para a empresa. Na fábrica global, os processos de produção são mundializados, isto é, possuem unidades de produção complementares em vários países.


Conclusão

Feito o trabalho concluiu-se que a multipolaridade, é o aparecimento de novos pólos económicos, que mudou a distribuição da riqueza no mundo. Isto é, na busca de novas estratégias para ganhar mercados passou a ter prioridade na ordenação económica do mundo.
Ainda constatou-se que a nova ordem mundial é marcada não mais pelo poder das armas, mas pelo poder do dinheiro, as relações económicas estão mais intensas e com uma nova geopolítica. A economia mundial, globaliza-se e simultaneamente fragmenta-se em blocos regionais. A partilha do mercado mundial envolve as estratégias das grandes corporações económicas e as políticas dos Estados.

Concluiu-se que a economia-mundo começou a dar seus primeiros passos quando as empresas transnacionais cruzaram as fronteiras dos Estados Nacionais, deslocando seu capital para atender a seus interesses económicos, sempre que um lugar apresentasse maiores vantagens. Essas empresas têm filiais espalhadas pelo mundo todo, fazem aplicações, movimentam recursos, decidem sobre a produção e o comércio de seus produtos, independentemente dos governos nacionais dos países onde se instalam.
A formação de blocos económicos é uma regionalização dentro do espaço mundial, mas também uma forma de aumentar as relações em escala global, pois, ao participar de um bloco, um país tem acesso a vários mercados consumidores, dentro e fora do seu bloco. Os principais blocos regionais são: União Europeia, Mercosul, Nafta e APEC.




Bibliografia

1.   ALVARES, Pedro: Uma visão clara das multiplicas implicações deste acordo de Comércio sobre a Ordem Internacional, Publicações Europa - América, Mem - Martins, 1994;
2.   FUKUYAMA, Francis - A Construção do Estado – Governação e Ordem Mundial no Século XXI, Gradiva, Lisboa, 2006;
3.   GOMES H. Manuel, A nova ordem mundial – Do fim do mundo bipolar à emergência de novos actores internacionais, editora Aberta, Lisboa, 2009.
4.   GIDDENS., Anthony - O Mundo na Era da Globalização, 4ª edição, Editorial Presença, Lisboa, 2002;
5.   TAMANES, Ramón, Estrutura Económica Internacional, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2000;
6.   RAINELLI, Michel – A Organização Mundial do Comércio, 1ª Edição portuguesa, Terramar, Lisboa, 1998;
7.   HUNTINGTON, Samuel. O choque das civilizações e a recomposição da nova ordem mundial. Rio de Janeiro: Objectiva, 1997.




Sem comentários:

Enviar um comentário