quarta-feira, 10 de setembro de 2014

ESPACO E POLITICO TURISTICO

INTRODUÇÃO O espaço turístico deve ser entendido como aquele que possui infraestrutura básica, de apoio e turística, mais os elementos que atrai o turista, ou seja, os atrativos; sejam eles naturais ou culturais. A infra-estrutura básica é composta dos elementos que são essenciais para o bem viver do ser humano, como água, luz, segurança, serviços de emergência, acesso. É nesta contexto que surgem o presente trabalho de investigação científica, na cadeira de Legislação Turística que tem como Tema: Espaço e politicas Turística com seguintes objectivos. Objectivo Geral: Compreender o Espaço e Politica turística. Objectivos Específicos: Definir espaço Turístico; Identificar as áreas de investimentos turísticas; Explicar as áreas conservação transfronteiras. No que diz respeito na elaboração do presente trabalho fez-se primeiro a recolha do material bibliográfico, sua crítica externa e finalmente fez se uma leitura analítica. Tratando-se de um trabalho académico, para a sua melhor compressão usou-se o método de consulta Bibliográfico e alguns documentos extraído na internet com uma linguagem afirmativa clara e precisa. Quanto a estrutura do presente trabalho, está estruturada de seguinte maneira, primeiro a introdução que nesta parte contem os objectivos e metodologia; desenvolvimentos onde aparecem o rolarem ou desenvolvimento dos conteúdos e por fim conclusão e bibliografia. Quanto a dificuldade do respectivo trabalho, foi a carência de obras que sustenta sobre o tema presente no trabalho, mais nem com isso o trabalho foi possível devido o esforço do grupo, fazendo recapitulação de alguns documentos e manuais que abordava sobre o tema em estudo.   1.ESPAÇOS TURÍSTICOS O espaço turístico deve ser entendido como aquele que possui infraestrutura básica, de apoio e turística, mais os elementos que atrai o turista, ou seja, os atrativos; sejam eles naturais ou culturais. A infra-estrutura básica é composta dos elementos que são essenciais para o bem viver do ser humano, como água, luz, segurança, serviços de emergência, acesso. A infra-estrutura de apoio é um complemento para a básica; são os elementos que são considerados necessários, porém não essenciais, como supermercados, igrejas, postos de combustível, etc., ou seja, o homem precisa, mas pode viver sem, procurando por esses elementos, por exemplo, na cidade ao lado. A infra-estrutura turística é composta basicamente pelos produtos e serviços turísticos, como hotéis, agências de viagem, aeroportos, lojas de souvenires e tudo aquilo que é direcionado aos turistas, mas também pode ser utilizado pelo morador. Os acampamentos e colônias de férias normalmente estão localizados em espaços turísticos, pois estão em áreas com atrativos, normalmente naturais, possuem infraestrutura básica, de apoio e turística, uma vez que contém os alojamentos que sustentam o turismo ao local. O turismo não pode estar limitado a um resultado económico, financeiro, político, social e cultural. É também isso, mas, principalmente, é reflexo temporal dessas influências em um determinado espaço com escalas hierárquicas diferenciadas porém indissociáveis, assimiladas por um observador. Nesse contexto, Pires (2002, p.162), compreende a paisagem como um elemento essencial para o turismo: “Se a razão de ser do turismo (...) é o deslocamento ou movimento voluntário das pessoas de um lugar para outro no espaço, então o turismo pode ser concebido como uma experiência geográfica na qual a paisagem se constitui como elemento essencial”. Avançando um pouco mais nessa perspectiva Rodrigues (1997) utiliza o termo espaço turístico para identificar a influência desta actividade no consumo do espaço uma vez que seus elementos são dotados de territorialidades e intencionalidades. Completa ainda ratificando a importância do estudo da paisagem ao enquadra-la como um recurso extraordinário sendo importante a análise da imagem (percepção) que esta produz no observador e como este interfere em sua dinâmica. 1.1.Áreas proprietárias de investimento Turístico 1.1.1.Área da Cascata Conforme ministério de Turismo com a Administração Municipal sendo proprietária da área, poderá se investir em um dos principais pontos turísticos da cidade e da região, implantando uma nova estrutura para receber a comunidade e visitantes. Também haverá uma maior exploração turística do local. "Comprando a Cascata temos a certeza que ela permanecerá da comunidade, evitando que outros comprem dando outro destino". 1.1.2.Área de agricultura Muitos agricultores têm aberto suas fazendas para hospedar turistas que se interessam por estar em contacto, nem que seja nas férias, com a natureza. São pessoas que passam seus dias entre a fumaça dos canos de descarga dos carros, e ouvindo o barulho das buzinas nos trânsitos caóticos das grandes cidades. Relaxar podendo comer a fruta do pé, acordar cedo e tomar o leite recém tirado da vaca se tornou, actualmente, coisas raras de acontecer. Retornar à vida de nossos ancestrais, em que o estreasse das grandes cidades e a modernidade eram coisas inimagináveis, tem sido um destino muito procurado pelos turistas. Essa modalidade de turismo é uma nova renda que vem para auxiliar a vida dos pequenos proprietários de terra. Ao abrir suas casas, eles cobram diárias, menores que de hotéis, mas que são de grande valia para a economia daquela família. A correria do dia-a-dia faz com que a procura por esse turismo cresça cada vez mais. A busca por alternativas para a vida acelerada que a modernidade proporcionou tenta reatar as pessoas às suas raízes, em que este pode ser encontrado no meio rural.   1.1.3.Na área de natureza O Manual para o Investidor em Turismo de Natureza surgiu no âmbito do projecto “Ante-Mare - Turismo e Desenvolvimento Sustentável preocuparam-se estas três entidades em definir um conjunto de acções que contribuíssem para transformar um modelo teórico para uma actividade - o Turismo de Natureza - num efectivo motor de desenvolvimento de uma região que, à semelhança de outras no nosso país, é ainda rural, envelhecida e abandonada aos poucos, muito ameaçada, mas também detentora de um património natural, cultural, histórico e paisagístico rico e diversificado. O Turismo de Natureza define-se como o produto turístico, composto por estabelecimentos, actividades e serviços de alojamento e animação ambiental realizados e prestados em zonas integradas na Rede Nacional de Áreas Protegidas. O turismo de natureza desenvolve-se segundo diversas modalidades de hospedagem, de actividades e serviços complementares de animação ambiental, que permitam contemplar e desfrutar o património natural, arquitectónico, paisagístico e cultural, tendo em vista a oferta de um produto turístico integrado e diversificado. 1.1.4.Nas áreas hoteleiras Para HOTEL INVESTMENT ADVISORS (2007), Um empreendimento hoteleiro requer no seu início operacional e mobiliza elevados volumes de capital para realizar os investimentos iniciais, de longo prazo de maturação. Além disso, necessita de inversões adicionais e periódicas para manutenção e modernização das construções, sem as quais não é possível sustentar sua competitividade, o padrão de suas tarifas e seu nível de receitas. De acordo com o Fórum de Operadores Hoteleiros Mundial (FOHM), os hotéis precisam direccionar anualmente cerca de 1% a 5% de seu faturamento bruto para esses investimentos, além de promover reformas estruturais a cada 10 a 12 anos, com inversões de 20% a 30% de seu investimento inicial. Na Agentes da hotelaria além dos requisitos de capital, a hotelaria também demanda muita mão de obra, tanto na etapa de construção como na de operação do empreendimento, quando emprega uma gama diversificada de profissionais para o atendimento das diferentes necessidades dos hóspedes e do próprio negócio. Atenção especial é prestada à qualificação desses profissionais, factor determinante da qualidade e da diferenciação dos serviços prestados. Como destacam Gorini e Mendes (2005), “Os principais agentes da hotelaria são os proprietários dos bens imóveis explorados comercialmente como meios de hospedagem e as empresas operadoras, essas responsáveis pela administração e pelo gerenciamento dos empreendimentos”. No mercado internacional, os fundos imobiliários e os fundos de pensão constituem habituais investidores nesses activos imobiliários de base hoteleiros. Além disso, existe a figura do developer, um agente que identifica as oportunidades de negócio, mobiliza os investidores, viabiliza o empreendimento e se remunera, em geral, com uma parcela dos resultados operacionais. 1.1.5.Nas áreas Rurais Todavia, outras características são necessárias a fim de se distinguir o turismo do simples ato de viajar, os quais se relacionam, principalmente, quanto aos objectivos, a natureza temporária do deslocamento, a utilização dos serviços e equipamentos turísticos e, o que é mais importante, a noção de prazer e recreação como fundamental. Quanto a investimento Independentemente dos possíveis nomes que possam dar a esta proposta, temos a certeza de que o TURISMO RURAL tem, em seu alicerce, duas condições básicas: 1) A fixação de objectivos claros quanto a razão da implantação deste produto: • - Promover a interiorização do turismo; • - Viabilizar nova fonte de renda ao produtor rural; • - Resgatar e valorizar a cultura local e regional; 2) A aplicação de novas metodologias, nas quais a participação da comunidade e o respeito à realidade local devem ser amplamente considerados.   1.2.Ares de conservação turística transfronteiras 1.2.1.Conceito As Áreas de Conservação Transfronteiriça (ACTFs) e outros tipos de esforços de gestão de recursos naturais que cruzam fronteiras estão a proliferar em África e no mundo. Na África Austral existem mais de uma dezena deste tipo de iniciativas em diferentes fases de desenvolvimento. Uma ACTF é um ecossistema interligado de uma vasta paisagem ou uma eco-região que vai para além das fronteiras internacionais, geralmente agrupando uma ou mais áreas protegidas, bem como áreas com recursos de uso múltiplo para as comunidades e outros detentores de terras. Elas têm como objectivo comum serem geridas para o sustento, a longo prazo, de funções de ecossistemas de larga escala. Para BNDES (2010), Áreas de Conservação Transfronteiriça (TFCA) são áreas já protegidas ou a serem adquiridas tendo em vista a protecção da fauna bravia e biodiversidade que se estendem além das fronteiras nacionais. As iniciativas sobre TFCA em curso ao nível da SADC, têm como objectivo integrar as grandes áreas protegidas localizadas a nível de fronteiras nacionais, o que implica a remoção das barreiras fronteiriças e outros obstáculos para permitirem a migração dos animais e estabelecimento de um quadro de co-gestão. As TFCAs dependem da cooperação a cinco níveis em seguida se discriminam: • Político: Nível de cooperação internacional ímpar que requer a participação entre os países envolvidos. • Regional: Instituições ou órgãos regionais como a SADC, ONGs e outras agências de integração, desempenham um papel chave. • Técnico: Agências de conservação, operadores privados, serviços de migração, polícia, Ministério do Interior, alfândegas, saúde e outros sectores devem desenvolver acções conjuntas. • Comunidades locais: consulta com as comunidades locais é importante porque permite estabelecer boas relações com as comunidades, o que constitui uma base forte de apoio á implementação da iniciativa. • Financeiro: O apoio do governo é importante, pois os custos associados ás actividades de gestão das TFCA são elevados. O apoio dos investidores privados é também importante a fim de garantir o desenvolvimento e sustentabilidade das iniciativas. O conceito de ACTF evoluiu do que, inicialmente, tinha como objectivo restrito de conservação da biodiversidade para o de criar modelos integrados de conservação de ecossistemas e desenvolvimento sócio-económico. Esta mudança surge da constatação de que os elementos sociais da conservação são tão importantes como as dimensões ecológicas. Esta maneira de pensar é vital para determinar as melhores formas de gerar benefícios palpáveis para as comunidades que dependem dos recursos naturais. Os países da África Austral adoptaram o princípio da criação de áreas de conservação transfronteiriça como forma de promover a cooperação regional na gestão e o uso sustentável dos ecossistemas que transcendem as fronteiras nacionais. As ACTFs permitem, ainda, o desenvolvimento de um quadro comum para a conservação dos recursos naturais, cumprimento das leis relativas a esses recursos e o seu uso sustentável. Esta visão está expressa no quadro legal regional estabelecido pela Política de Fauna Bravia, promulgada em 1997, e pelo Protocolo sobre a Conservação da Fauna Bravia, assinado em 1999 por todos os 14 países membros da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC). A bacia do rio Limpopo possui uma das maiores proporções de áreas protegidas na região da África Austral (LBPTC 2010), incluindo muitos parques nacionais, áreas de conservação e coutadas privadas. O desenvolvimento do turismo baseado na fauna bravia e ecoturismo caracterizam esta região da África Austral, incluindo alguns dos parques nacionais mais bem estabelecidos do mundo. A bacia do rio Limpopo é rica em biodiversidade, o que atribuí um valor significativo á protecção e conservação das espécies desta bacia, facto esse é bem reflectido nas iniciativas actuais e em curso dedicadas á preservação e protecção da biodiversidade e fauna bravia ao nível transfronteiriço. Em África Austral existem duas áreas TFCAs na bacia do rio Limpopo: 1. Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo; e 2. Área de Conservação Transfronteiriça do Grande Mapungubwe. O mapa seguinte ilustra a distribuição das áreas protegidas do rio Limpopo, incluindo as áreas de conservação a nível nacional (Parques Nacionais, Áreas de Conservação, etc) e Áreas de Conservação Transfronteiriça (TFCAs). Atlas 2003; Peace Parks 2009 1.2.2.Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo O Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo foi estabelecido em 2002 pelos governos de Moçambique, África do Sul e Zimbabué; Este parque integra as áreas do Parque Nacional Kruger (África do Sul), Parque Nacional do Limpopo (Moçambique) e Parque Nacional Gonarezhou (Zimbabué) (Parque do Grande Limpopo 2010; Parque Peace 2010). O Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo presentemente ocupa uma área de 35 000 km², e sendo esta área protegida, futuramente deverá expandir-se até aos 100 000 km². A área em expansão deverá incluir os Parques Nacionais de Banhine e Zinave em Moçambique, as áreas de Massingir e Corumana e a região entre eles. 1.2.3.Área de Conservação Transfronteiriça do Grande Mapungubwe A área de Conservação Transfronteiriça de Limpopo-Shashe, conhecida anteriormente como Grande Mapungubwe, compreende o Botsuana, África do Sul e Zimbabué. A porção de terra em Botsuana, conhecida por Northern Tuli Game Reserve (NOTUGRE), é um agregado de uma propriedade privada constituída a partir de uma associação de vários privados. Enquanto que a porção na África do Sul é compreende parques privados, nacionais, estatais e terras adquiridas no âmbito do estabelecimento do Parque Nacional de Mapungubwe (SANParks 2010). As duas áreas combinadas com a área no Zimbabué a partir de Circle Safari formam uma área contígua de terras protegidas num total de 4 872 km² (Peace Parks 2010). Para além da conservação da natureza, o Grande Mapungubwe caracteriza-se pelo património cultural e histórico de grande importância, também protegida no âmbito do Acordo sobre TFCA. (JONES 2010).   CONCLUSÃO Feito o trabalho concluiu se que o espaço turístico deve ser entendido como aquele que possui infraestrutura básica, de apoio e turística, mais os elementos que atrai o turista, ou seja, os atrativos; sejam eles naturais ou culturais. Muitos agricultores têm aberto suas fazendas para hospedar turistas que se interessam por estar em contacto, nem que seja nas férias, com a natureza. São pessoas que passam seus dias entre a fumaça dos canos de descarga dos carros, e ouvindo o barulho das buzinas nos trânsitos caóticos das grandes cidades. Também constatou se que todavia, outras características são necessárias a fim de se distinguir o turismo do simples ato de viajar, os quais se relacionam, principalmente, quanto aos objectivos, a natureza temporária do deslocamento, a utilização dos serviços e equipamentos turísticos e, o que é mais importante, a noção de prazer e recreação como fundamental. As Áreas de Conservação Transfronteiriça (ACTFs) e outros tipos de esforços de gestão de recursos naturais que cruzam fronteiras estão a proliferar em África e no mundo. Na África Austral existem mais de uma dezena deste tipo de iniciativas em diferentes fases de desenvolvimento. Uma ACTF é um ecossistema interligado de uma vasta paisagem ou uma eco-região que vai para além das fronteiras internacionais, geralmente agrupando uma ou mais áreas protegidas, bem como áreas com recursos de uso múltiplo para as comunidades e outros detentores de terras. Elas têm como objectivo comum serem geridas para o sustento, a longo prazo, de funções de ecossistemas de larga escala   BIBLIOGRAFIA 1. BNDES – banco nacional de desenvolvimento econômico e social.Relatório de Análise AI/DECULT 020/2010. Rio de Janeiro, 29.6.2010. 2. GORINI, Ana Paula; MENDES, EDUARDO. Setor de turismo no Brasil: segmento de hotelaria, Rio de Janeiro, set. 2005. 3. HOTEL INVESTMENT ADVISORS – HIA; HORWATH HTL. Hotelaria em números – Brasil 2007. Disponível em http://www.revistahoteis.com.br/ novo/images/stories/hn.pdf. Acesso em: 4.09.2014. 4. JONES LANG Hotelaria em números – Brasil 2010. Disponível em http://www.aditnordeste.org.br/legba/bancoDeMidia/arquivos/Brazil_in_Numbers_2010.pdf.acessado 06.09.2014

SEGMENTACAO TURISTICA

INTRODUÇÃO A permanente busca de novos produtos turísticos pelos consumidores tem levado a mudanças nas estratégias de planeamento, gestão e promoção do turismo, privilegiando a oferta segmentada de produtos turísticos. Este novo comportamento de compra tem exigido cada vez mais a criação e oferta de produtos direccionados para demandas específicas, visando oferecer diferentes experiências para os visitantes. Diante disso, a segmentação da oferta turística passa a ser importante critério no processo de elaboração de uma estratégia para desenvolver o turismo em uma localidade, com vistas a atrair e agradar os diferentes perfis de visitantes. É nesta contexto que surgem o presente trabalho de investigação científica, na cadeira de Educação ambiental que tem como Tema: Sedimentação Turística com seguintes objectivos. Objectivo Geral: Conhecer a Sedimentação Turística. Objectivos Específicos: Definir Sedimentação; Explicar a Sedimentação Turística; Identificar os tipos de Sedimentação Turística. No que diz respeito na elaboração do presente trabalho fez-se primeiro a recolha do material bibliográfico, sua crítica externa e finalmente fez se uma leitura analítica. Tratando-se de um trabalho académico, para a sua melhor compressão usou-se o método de consulta Bibliográfico e alguns documentos extraído na internet com uma linguagem afirmativa clara e precisa. Quanto a estrutura do presente trabalho, está estruturada de seguinte maneira, primeiro a introdução que nesta parte contem os objectivos e metodologia; desenvolvimentos onde aparecem o rolarem ou desenvolvimento dos conteúdos e por fim conclusão e bibliografia. Quanto a dificuldade do respectivo trabalho, foi a carência de obras que sustenta sobre o tema presente no trabalho, mais nem com isso o trabalho foi possível devido o esforço do grupo, fazendo recapitulação de alguns documentos e manuais que abordava sobre o tema em estudo.   1.SEGMENTAÇÃO TURÍSTICA 1.1.Conceitos Turismo – dá-se o nome de turismo ao conjunto de actividades realizadas pelos indivíduos durante as suas viagens e estadias em lugares diferentes daqueles do seu em torno habitual por um período de tempo consecutivo inferior a um ano. Geralmente, a actividade turística é realizada com fins de lazer, embora também exista o turismo por razões de negócios (mais conhecido por viagens de negócios) e outros motivos. Para o Ministério do Turismo, a segmentação é entendida como uma forma de organizar o turismo para fins de planeamento, gestão e mercado. Os segmentos turísticos podem ser estabelecidos a partir dos elementos de identidade da oferta e também das características e variáveis da demanda. Para aprofundar no conceito e aplicação das técnicas de segmentação turística, é preciso antes entender o que significa segmento. Segmento, é um grupo de clientes actuais e potenciais que compartilham as mesmas características, necessidades, comportamento de compra ou padrões de consumo. É preciso recordar que os profissionais que actuam em turismo, ou mesmo em qualquer outra actividade económica, não criam os segmentos, apenas identificam e decidem para quais segmentos os esforços de criação e oferta dos produtos serão direccionados. Este entendimento dos segmentos preferenciais possibilita melhor ordenação dos esforços para atracão e fidelização dos turistas. Uma vez identificado o segmento de demanda, cabe ao planeador da estratégia turística ou ao empresário, apresentar ofertas flexíveis de produtos, pois nem todos os clientes têm exactamente as mesmas demandas e preferências (KOTLER; KELLER, 2006). Nesse sentido, será necessário desenvolver uma oferta segmentada, definindo tipos de turismo específicos. Esta oferta flexível é composta de duas partes: uma solução básica, que são os produtos e serviços que são valorizados por todos os membros do segmento escolhido, e as opções, que são os produtos e serviços valorizados por apenas alguns dos integrantes deste segmento. Muitos estudos sobre perfil de demanda recorrem quase sempre às variáveis sócio-demográficas para definir o chamado “retrato-robô” do turista e recorrem às variáveis de viagem, hospedagem, duração, tipo do produto comprado e gastos para explicar o comportamento desse turista (CHIAS, 2007). Estes estudos facilitam o entendimento do segmento, mas sempre como uma simplificação da realidade, representando o grupo de turistas pela média matemática dos dados encontrados, que na verdade não representam a realidade de nenhum dos indivíduos analisados. É importante considerar que dificilmente todas as pessoas de um grupo terão exactamente o mesmo interesse e demanda para um determinado produto ou destino, podendo caracterizar um nicho de mercado. Nichos de mercado são “subsegmentos” dentro dos segmentos de demanda. O nicho é um grupo de consumidores caracterizado por ter necessidades ou expectativas específicas, diferente das necessidades do resto do segmento. Por isso, deve-se aprofundar na composição do público-alvo escolhido e em suas expectativas. O comportamento do consumidor vem mudando, e, com isso, surgem novas motivações de viagens e expectativas que precisam ser atendidas. O novo turista tende a ser uma pessoa mais interessada na convivência com a comunidade, quer conhecer seus costumes, e está mais exigente, porque é mais bem informado sobre as opções de produtos e serviços existentes. 2.Elementos de Sedimentação Turística 2.1.Segmentação da demanda Definir o perfil dos turistas que já visitam ou que pretendem visitar uma localidade ajuda no planeamento da oferta e diversificação dos produtos e serviços. Ajuda também a atender as expectativas dos visitantes e conseguir que retornem, ou que fiquem com uma imagem positiva da experiência que tiveram. Para isso, é importante entender o comportamento de compra e as motivações que fizeram os visitantes irem até outra cidade, região ou país. “Segmentar é dividir a demanda em grupos diferentes nos quais todos os clientes compartilham características relevantes que os distinguem de clientes de outros segmentos” (LOVELOCK; WRIGHT, 2001). A sociedade está constituída por um número substancial de pessoas com necessidades básicas já satisfeitas e que estão canalizando seu tempo, dinheiro e esforços para satisfazer outras necessidades e desejos, como o lazer, a viagem, o turismo. Os consumidores podem ser categorizados de acordo com várias dimensões, como as questões geográficas, demografia (os aspectos objectivos de uma população, tais como idade e género), o uso que fazem do produto, e psicografia (características psicológicas e de estilo de vida). A escolha do segmento vai ajudar na estruturação de produtos e elaboração de roteiros, pois a identidade dada a cada roteiro será criada levando em consideração o público ao qual se destina. Existem vários critérios para realizar a segmentação da demanda, não só turística, mas para qualquer tipo de produto ou serviço. Existem dois grupos de variáveis que devem ser considerados: as características do grupo (geográficas, demográficas e psicográficas) e as respostas que os indivíduos apresentam em relação aos produtos ofertados (KOTLER; KELLER, 2006). Afigura abaixo, é possível observar um dos tipos de organização das variáveis que influenciam no comportamento da demanda: Geográfica Demográfica e sócio – económica Psicográficas (de ordem psicológica) Padrões de Comportamento Padrões de consumo e predisposição do consumidor Fronteiras • Género • Estilo de vida Momento das compras, Impulso ou Preferência ou marcas Frequência de uso – muito uso versus pouco • Políticas • Idade • Actividades Número de unidades compradas • Ocasião • Climas • Estado Civil • Características de personalidade Frequência de compras Fidelidade à marca • Fronteiras populacionais • Composição familiar Preferência Hábitos em relação à média • Propriedade de outros Produtos Ciclo de vida Conhecimento do produto • Ocupação Benefícios Buscados Adaptado por Autor, (2014) 2.2.Tipos de Sedimentação turística de demanda 2.2.1.A segmentação geográfica Segmentar o público geograficamente significa dividir a demanda em diferentes regiões geográficas emissoras, como cidades, estados ou países. Isto não significa que o foco deve ser voltado apenas para uma localidade, mas sim que em cada localidade os indivíduos podem ter preferências e demandas distintas e, portanto, oportunidades de negócios diferentes. Existem várias abordagens para a segmentação geográfica, como o tamanho da área geográfica, a densidade populacional e o clima. Porém, deve-se entender que algumas localidades têm grande potencial de envio de turistas, mas a falta de acções promocionais para aquela localidade faz com que os moradores busquem outros destinos por não conhecerem ou não se sentirem atraídos pela sua oferta de produtos. Assim, segmentar ajuda a entender quais destinos são grandes emissores de turistas para sua localidade, quais outras regiões precisam de maiores investimentos, pois apresentam grande potencial de emissão de visitantes e geração de novos negócios, e quais devem ser descartadas, ou colocadas em segunda prioridade em seu plano estratégico. Note que o conhecimento da área geográfica escolhida direcciona para a criação de produtos e serviços adequados para gerar maior atracão para os moradores de uma localidade. 2.2.2.A segmentação demográfica e socio-económica Para segmentar um perfil de demanda, não se pode apenas identificar qual é o destino emissor, pois também é necessário analisar o perfil dos consumidores de acordo com as características demográficas. O planeamento do turismo deve tentar atenuar os efeitos negativos que a concorrência e a sazonalidade exercem sobre um destino, e, portanto, conhecer o perfil dos visitantes ajuda a executar melhor este planeamento (PETROCCHI, 1998). 2.2.3.A segmentação psicográfica A análise psicográfica de um segmento de um público considera fatores como estilo de vida, personalidade e valores das pessoas. As análises geográficas, demográficas e socio-económica são relacionadas aos moradores como parte de um grupo ou área, mas não os considera como indivíduo com preferências próprias e distintas do restante da população. Por isso, a segmentação psicográfica tenta entender como se comportam e convivem as pessoas na área geográfica escolhida. Nem todas as pessoas moradoras do estado de São Paulo, por exemplo, com o mesmo nível de renda familiar, terão o mesmo estilo de vida, preferências e interesses. Diferentes religiões indicam diferentes comportamentos, assim como as pessoas da zona rural têm estilo de vida distinto do modo urbano, e os interesses dos moradores da capital paulista não serão as mesmas dos moradores de cidades menores do interior paulista. Uma classificação utilizada para entender o perfil dos turistas considera a existência de dois tipos básicos de turistas: aqueles com perfil aventureiro (“alocêntricos”) e aqueles com perfil dependente (“psicocêntricos”), se forem consideradas a forma como escolhem os destinos de suas viagens. Os dependentes são mais conservadores em relação à escolha do destino, procurando localidades mais populares como destinos. Além disso, controlam mais os gastos, e preferem estar na companhia da família e de amigos. Já os aventureiros são curiosos e buscam sempre novos lugares para conhecer, tomam as decisões com maior facilidade e estão dispostos a gastar um pouco mais. Além disso, gostam de actividades variadas e não se incomodam em estar, ou em viajar, sozinhos. Estes dois tipos de classificação não devem ser considerados como as únicas formas de classificar os turistas. É normal que os viajantes possuam características de ambas as abordagens, se situando não como aventureiro ou como dependente, mas em uma posição entre as duas classificações. Além disso, deve-se considerar as tendências de consumo e mudanças nos padrões de escolha ao longo do tempo. Assim, pode-se entender, por exemplo, que o mesmo turista poderá ter um perfil mais aventureiro na fase de vida mais jovem e migrar para um perfil mais dependente em outra fase de sua vida, o que pode acontecer pela preocupação com filhos ou outros factores familiares. 2.2.4.A segmentação comportamental Mais do que identificar o grupo ou segmento que um indivíduo faz parte, entender quais os comportamentos que as pessoas têm em relação aos produtos consumidos ajuda a compor a oferta de produtos e serviços. Nem todas as pessoas de uma mesma faixa etária, renda ou lugar de moradia terão as mesmas reacções ou motivações em relação a um produto ou localidade. Assim, entender os factores de comportamento de um grupo de pessoas ou de um indivíduo é factor relevante no processo de segmentação do mercado. São eles: 2.2.4.1.Ocasiões Deve-se entender em quais situações o indivíduo ou grupo sente necessidade de consumo de determinado produto. Assim, uma passagem aérea pode ser comprada para realização de negócios a visitar parentes, dentre inúmeras opções. Este entendimento é importante, pois a forma de compor o produto depende desta percepção da motivação do consumidor. Um indivíduo pode viajar de avião sempre para fazer negócios, mas para os momentos de lazer prefere fazer viagens de carro para passar mais tempo perto da família. Desta forma, não se deve julgar o padrão de consumo apenas pelas estatísticas do grupo ou de indivíduos, mas sim por cada ocasião ou situação de consumo de determinado produto. 2.2.4.2.Benefícios Diferentes benefícios buscados pelos turistas serão solucionados por meio de diferentes ofertas. O consumo de um posto de gasolina pode aumentar porque seus banheiros são limpos e sua loja de conveniência tem bom atendimento. Assim, o benefício principal da compra no posto não foi o combustível, mas sim a união dos benefícios encontrados naquele lugar. Neste ambiente, a gasolina pode até ser mais cara, mas a percepção de valor será diferente para o cliente que busca outras soluções diferentes do simples abastecimento do carro. 2.2.4.3.Status do Usuário A segmentação não deve considerar apenas quem é visitante assíduo, mas também quem já visitou e quem é um cliente potencial para os produtos oferecidos. Para cada um destes, será necessária uma estratégia diferente. Por exemplo: caso seja necessário montar uma estratégia para atrair visitantes que tiveram experiências negativas em uma localidade, como atendimento ruim ou que foram assaltadas na localidade, esta estratégia não deverá ser igual a que será utilizada para atrair potenciais visitantes, que têm perfil para consumo dos produtos, mas que nunca foram ao destino. 3.Segmentação da oferta Como foi visto no tópico anterior, diferentes perfis de turistas podem ter expectativas diferentes e motivações diversas para a realização de suas viagens. Assim, se faz necessário entender a demanda dos turistas para que possam ser oferecidos produtos que atendam às expectativas deste público. Com isso, percebe-se que é necessário segmentar também a oferta, com vistas a suprir as demandas dos visitantes com produtos específicos para cada necessidade ou desejo. Para DIAS (2005) afirma se que a segmentação com base na oferta define o tipo de turismo que será oferecido ao visitante. A definição desses tipos de turismo é realizada a partir da existência de certas características comuns em um território, tais como: • Aspectos e características comuns (geográficas, históricas, arquitectónicas, urbanísticas, sociais); • Actividades, práticas e tradições comuns (exportavas, agropecuárias de pesca, manifestações culturais, manifestações de fé); • Serviços e infra-estrutura comuns (serviços públicos, meios de hospedagem e de lazer). Os produtos e roteiros turísticos, de modo geral, são definidos com base na oferta (e em sua relação com a demanda), de modo a caracterizar segmentos ou tipos de turismo específicos de cada região, cidade ou localidade. Assim, as características dos segmentos da oferta é que determinam a imagem do roteiro, ou seja, a sua identidade, e embaçam a estruturação de produtos, sempre em função da demanda. Esta identidade, no entanto, não significa que uma localidade só pode atrelar sua imagem e oferecer actividades relacionadas a apenas um segmento. Todos os factores da oferta turística devem ser aproveitados para os diversos segmentos de oferta, relacionando-os com o potencial de demanda existente para cada um deles. Ao adoptar a segmentação como estratégia, o planeador deverá entender e organizar os segmentos da oferta, visando atingir a incessante e dinâmica busca de novas experiências dos turistas actuais. É necessário entender quais os segmentos de oferta podem ser trabalhados em uma localidade, considerando a vocação e potencialidades do destino para determinado tipo de actividade/turismo que pode ser vivenciado. Assim, com o intuito de promover o entendimento e orientar o sector quanto a algumas terminologias, abordagens e delimitações da segmentação turística, o Ministério do Turismo (2006) definiu alguns segmentos turísticos prioritários para desenvolvimento do país como: • Turismo Cultural, Turismo de Pesca, Turismo Rural, Ecoturismo, Turismo de Aventura, Turismo Náutico, Turismo de Sol e Praia, Turismo de Estudos e Intercâmbio, Turismo de Negócios e Eventos, Turismo de Exportes e Turismo de Saúde. É válido ressaltar que nesse processo, insere-se transversalmente o Turismo Social, como forma inclusiva de conduzir e praticar a actividade turística com vistas à melhor distribuição de benefícios. O aprofundamento sobre esses segmentos, com excepção do turismo de exportes, é objecto de estudo dos Cadernos de Orientações Básicas dos Segmentos Turísticos que compõem esta colectânea. Turismo Social é a forma de conduzir e praticar a actividade turística promovendo a igualdade de oportunidades, a equidade, a solidariedade e o exercício da cidadania na perspectiva da inclusão. Existem, porém, diversos outros segmentos de oferta que podem existir e que devem ser considerados. 4.Segmentação do mercado turístico A segmentação de mercado no turismo não é uma noção académica, nas sim uma estratégia que busca encontrar, através de recursos de marketing, uma maior organização do sector; Seja pelo lado das empresas turísticas na tentativa de maximizar seus lucros, seja pelo lado dos turistas na tentativa de maximizar sua satisfação. Importa, nesse momento, citar a descrição de mercado feita por Burkart & Medllk (1974, p.194): Nunca se deve esquecer que existem uma grande variedade de produtos turísticos, que podem ser combinados de muitas formas. Por exemplo: mais de cem destinos, cada um com mais de dez hotéis, cada qual podendo ser atingido por, no mínimo, duas companhias aéreas. Dessa forma, o potencial colocado à disposição do consumidor é muito grande e diversificado, possibilitando que cada país, região, localidade ou operador sejam identificados com mais e mais produtos específicos (Lage & Lilone, 1990, p.31-32). A estratégia de segmentação de mercado reconhece que poucas zonas de destinação turística são possíveis c desejáveis cm escala universal. Consequentemente, em lugar de dissipar os recursos de promoção e publicidade com a intenção de contemplar a todos os consumidores em potencial, a melhor estratégia de mercado é assinalar quais são os segmentos do mercado total que se deseja atingir, e dirigir os esforços promocionais especificamente aos desejos e necessidades desse selecto grupo. CONCLUSÃO Feito o trabalho concluiu se que Turismo – dá-se o nome de turismo ao conjunto de actividades realizadas pelos indivíduos durante as suas viagens e estadias em lugares diferentes daqueles do seu em torno habitual por um período de tempo consecutivo inferior a um ano. Para o Ministério do Turismo, a segmentação é entendida como uma forma de organizar o turismo para fins de planeamento, gestão e mercado. Os segmentos turísticos podem ser estabelecidos a partir dos elementos de identidade da oferta e também das características e variáveis da demanda. Ainda constatou se que definir o perfil dos turistas que já visitam ou que pretendem visitar uma localidade ajuda no planeamento da oferta e diversificação dos produtos e serviços. Ajuda também a atender as expectativas dos visitantes e conseguir que retornem, ou que fiquem com uma imagem positiva da experiência que tiveram. Para isso, é importante entender o comportamento de compra e as motivações que fizeram os visitantes irem até outra cidade, região ou país. Também concluiu se que a análise psicográfica de um segmento de um público considera factores como estilo de vida, personalidade e valores das pessoas. As análises geográficas, demográficas e socio-económica são relacionadas aos moradores como parte de um grupo ou área, mas não os considera como indivíduo com preferências próprias e distintas do restante da população. Segmentar o público geograficamente significa dividir a demanda em diferentes regiões geográficas emissoras, como cidades, estados ou países. Não significa que o foco deve ser voltado apenas para uma localidade, mas sim que em cada localidade os indivíduos podem ter preferências e demandas distintas e, portanto, oportunidades de negócios diferentes.   BIBLIOGRAFIA BURKART, A. J. & MEDUK. S.. lóurislII - Past. present and future. London: Heinemann, 1974 __________________Segmentação do Turismo: Marcos Conceituais. Brasília: Ministério do Turismo, 2006. CHIAS, Josep. Turismo, O negócio da Felicidade: Desenvolvimento e Marketing Turístico de países, Regiões, lugares e cidades. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007. DIAS, Reinaldo. Introdução ao Turismo. São Paulo: Atlas, 2005. KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. LAGE. B.H.G. & MILONE. P.c. Economia do turismo. São Paulo: Papirus. 1990. LOVELOCK, Christopher; WRIGHT, Lauren. Serviços: Marketing e Gestão. São Paulo: Saraiva, 2001. PETROCCHI, Mário. Turismo: Planeamento e Gestão. São Paulo: Futura, 1998.

domingo, 7 de setembro de 2014

projecto de pesquisa sobre imapctos de producao e viabilidade de tijolos tradicionais

Índice Introdução 3 1.Tema: 4 1.1.Delimitação do tema 4 2.Justificativa 4 3.Objectivos 5 4.Problema 5 5.Hipóteses 6 6.Metodologia 6 6.1.Métodos 6 6.1.1.Método de abordagem 6 6.1.2.Métodos de procedimentos 6 6.2.Técnica e instrumento de recolha de dados 7 7.Tipos de pesquisa 8 8. Fundamentação teórica 9 8.1.Produção de Tijolo 10 8.2. Causas da produção de Tijolo 10 8.3.Consequências 11 8.4. Boas práticas de produção de Tijolo tradicional 11 8.5.Tipos de produção de tijolo 11 9.População ou universo 12 10.Resultados esperados 12 11.Cronograma 13 12.Orçamento 13 12.1.Materiais permanentes 13 12.2.Material de consumo 13 Bibliografia 14   INTRODUÇÃO Profissionais preocupados com a escassez dos recursos naturais procuram soluções com interesse em materiais e técnicas construtivas que minimizem os impactos ambientais negativos ocasionados pela construção civil. Desde a produção de tijolo tradicional no Bairro-2 no Distrito de Moatize na busca por métodos construtivos que venham tentar compensar esse desequilíbrio ambiental é crescente. No distrito de Moatize no Bairro-2, os impactos no ambiente gerado pela construção civil são diversos, como a geração de entulhos na obra, destruição do habitat de vários seres vivos na medida em que a área é modificada tendo como exemplo; revolvimento do solo - relevo; topografia; desmatamento que de alguma forma influencia no ciclo natural desenvolvimento das espécies; poluição por emissão de gases tendo como principais CH4 e CO2 e erosão do solo. Analisando esses problemas ambientais nesse bairro, pode-se começar a diminuir os impactos na confecção dos tijolos modulares de solo-cimento ou tijolo ecológico, seu processo de fabricação reduz a emissão de gases no meio ambiente e não contribui com os cortês de desmatamento, pois não existe a queima do tijolo como nos tijolos tradicionais. Os tijolos de solos representam uma alternativa em plena sintonia com as directrizes do desenvolvimento insustentável, pois requerem baixo consumo de energia na extracção da matéria-prima, dispensam o processo de queima e reduzem a necessidade de transporte, uma vez que os tijolos podem ser produzidos com o solo do próprio local da obra. Outro aspecto é a possibilidade de racionalização do processo construtivo, por meio do uso de tijolos modulares, que possibilitam o uso das técnicas empregadas na alvenaria estrutural, proporcionando redução de desperdícios e diminuição no volume de entulho gerado.   1.TEMA:  Processo de Produção e Viabilidade do Tijolo Tradicional, caso em estudo no Distrito de Moatize no Bairro-2. 1.1.DELIMITAÇÃO DO TEMA O presente projecto de pesquisa irá decorrer na Província de Tete, Distrito de Moatize principalmente no município de Moatize incluindo alguns bairros da vila, desde o princípio de Março de 2014 a 02 de Novembro de 2014, porque as formas de organização do espaço Geográfico do Distrito está sendo degradado duma forma desigual, que afecta a comunidade local do Distrito. 2.JUSTIFICATIVA Os problemas sócio-económico do Distrito têm se agravados no território nacional mas sobretudo no Distrito de Moatize na Província de Tete, tem-se tornado comum um quotidiano de violência do solo e de descanso com os direitos fundamentais do cidadão que são garantido pela Constituição da república. Portanto os impactos no ambiente gerado pela construção civil são diversos, como a geração de entulhos na obra, destruição do habitat de vários seres vivos na medida em que a área é modificada tendo como exemplo; revolvimento do solo-relevo; topografia; desmatamento que de alguma forma influencia no ciclo natural desenvolvimento das espécies; poluição por emissão de gases tendo como principais CH4 e CO2, no Distrito de Moatize concretamente no Bairo-2.   3.OBJECTIVOS Em termos gerais o projecto visa:  Compreender o Processo de produção e viabilidade do tijolo tradicional no distrito de Moatize no bairro 2 Em termos específicos, o projecto visa:  Localizar geograficamente do distrito de Moatize;  Identificar os problemas sócio-ambientais provocados pela produção de Tijolo Tradicional no Distrito de Moatize;  Propor soluções de minimização desses problemas de produção de Tijolo neste distrito. 4.PROBLEMA As actividades da comunidade do distrito de Moatize são essenciais para o desenvolvimento económico do próprio Distrito, pois, o planeamento é compreendido como uma estrutura das ocupações humanas: a sua diversidade, as suas inter-relações e interacções e a complexidade das razões que justificam cada uma delas. São diversos os tipos de ocupação do homem no Distrito; são diferentes os usos impostos ao solo. No entanto, esta actividade tem contribuído para grandes desequilíbrios local, principalmente no município de Moatize. Os munícipes da Vila de Moatize que vivem no bairro -2 do interior estão exercendo a actividade de produção de tijolo tradicional, que vem causando grande impactos do espaço da vila do Moatize, quer nos aspectos sócio-ambientais, a erosão do solo, a configuração da paisagem, desmatamento, poluição atmosférica, extinção das espécies que vem provocando o desequilíbrio da população de Moatize principalmente no Bairro -2. É neste contexto que surge a seguinte questão do Tema em pesquisa:  Que medidas a seguir com vista a mitigar o Processo de produção e viabilidade do Tijolo Tradicional no Distrito de Moatize no Bairro-2 5. HIPÓTESES • A capacitação (E.A) a Comunidade produtor de tijolo em boas práticas ambientalmente sustentáveis, pode constituir uma das medidas para a mitigação dos efeitos nefastos da produção do tijolo tradicional sobre o ambiente em Moatize; • A criação de associações dos produtores, que pode permitir a redução dos efeitos da produção de tijolo no ambiente. • A pobreza, a explosão demográfica, e a fraca educação ambiental podem constituir umas das causas de produção insustentável de tijolo tradicional. 6.METODOLOGIA Para a realização deste trabalho será tomada com base diferentes métodos e técnicas de investigação em ciências sociais. Nesta óptica serão utilizados dois tipos de métodos: 6.1.Métodos 6.1.1.Método de abordagem No rol do método de abordagem será utilizado o método indutivo, no qual permitirá conhecer o todo a partir da parte, isto é, consistirá em analisar ou estudar os fenómenos partindo do particular para compreender o geral. 6.1.2.Métodos de procedimentos Existem vários métodos de procedimento, mas para este trabalho serão privilegiados os seguintes: • Método histórico – que consistirá num breve historial sobre a evolução temporal da actividade de produção de tijolo tradicional no Bairro – 2 no distrito de Moatize; • Método comparativo – a partir do qual estabelecer-se-á as diferenças e semelhanças em termos temporais e espaciais. • Método estatístico matemático – a partir do qual serão efectuadas as tabelas e os gráficos; • Método cartográfico – que consistirá na elaboração, leitura e interpretação de mapas. 6.2.Técnica e instrumento de recolha de dados No que diz respeito quanto as técnicas de recolha de dados são seguintes: • Observação De acordo com DIAS (2007, p.39), “observação é uma técnica de recolhas de dados e os dados recolhidos devem ser analisados”. Esta técnica permitirá observar/estudar de forma directa os fenómenos em estudo. • Entrevista De acordo LAKATOS (1991 p.96) entrevista “é uma outra técnica de colecta de dados através de diálogo face a face “entrevista desenvolve-se de maneira metódica e proporciona do entrevistador, verbalmente a informação necessária”. Na pesquisa, será utilizada a entrevista individual aberta, de forma a averiguar factos e opiniões, descobrir planos de acção, condutas actuais ou do passado, de forma privada e confidencial, garantindo maior aprofundamento em torno do assunto. • Inquérito Para AAVV (2000 p.1160), Inquérito corresponde a uma forma de apreciação pública relativamente a projectos e planos elaborados por iniciativa da administração no domínio do urbanismo, do ordenamento do território ou do ambiente. Trata-se, então, de, em alternativa à reunião pública, auscultar a população, proporcionando aos cidadãos interessados a possibilidade de, durante certo período de tempo, apresentarem por escrito observações e sugestões sobre projectos previamente divulgados. Estes contributos devem ser ponderados na decisão final relativa ao projecto em causa. Esta técnica aplica-se na maioria das investigações e tem muitas vantagens se, se quer recolher opiniões sociais, pela quantidade de informações que se obtêm em pouco tempo, em factos ou fenómenos massivos, estudo de grupos e outros. Para a pesquisa, será utilizado o inquérito do tipo misto, uma vez que dum lado propiciará respostas mais aprofundadas em torno do assunto, embora sejam complexas na tabulação e de outro lado terá respostas breves e especificas, sendo estas as mais fáceis de tabular. 7.TIPOS DE PESQUISA Pesquisa é o “processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objectivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”. (GIL, 1995 p.43). A pesquisa é classificada quanto aos objectivos: em exploratória, descritiva e explicativa; e quanto aos procedimentos técnicos: em bibliográfica, documental, experimental, levantamento, estudo de campo, estudo de caso e pesquisa – acção. (IVALA et all, 2007). Outro assim, pode ainda ser classificada quanto a abordagem em quantitativa, qualitativa (CHIZZOTTI, 2003). Quanto aos objectivos, a presente pesquisa será do tipo explicativo. Para IVALA et all, (2007), pesquisa explicativa é aquela que destina-se a identificar os factores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenómenos, aprofundando o conhecimento da realidade, pois explica a razão, o porquê das coisas. Quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa será do tipo trabalho de campo. Segundo LAKATOS & MARCONI (2008 p.188), Pesquisa de campo é aquela utilizada com objectivo de conseguir informações e/ou conhecimentos a cerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenómenos ou as relações entre eles. Consiste na observação de factos e fenómenos tal como ocorrem espontaneamente, na colecta de dados a eles referentes e no registo de variáveis que se presume relevantes, para analisá-los. Procura o aprofundamento de uma realidade específica. É basicamente realizada por meio de observação directa das actividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as aplicações do que ocorre naquela realidade. 8. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Para a materialização da pesquisa, o autor basear-se-á em várias obras que abordam sobre o tema em estudo, como: (AEA, 2007), (Koroneos e Dompros, 2007, pp. 2114-2123), MICOA (2009 p.3), (Koomey et al, 1998, pp. 433-440), AMARAL (2005) e mais que podemos encontrar ao longo da abordagem do tema em estudo. O aumento da produção de tijolo, de modo a acompanhar a procura de bens e serviços, continua a redundar em impactos ambientais acrescidos. Quebrar a relação directa entre o crescimento da economia e os impactos ambientais do consumo, da utilização de recursos e da produção de resíduos é um desafio (Amaral 2005, p. 13), Recentemente, o nível de sensibilidade de produção de Tijolo em Moatize e interesse sobre o ambiente tem crescido por parte de uma série de entidades: públicas, comerciais, legislativas e económicas. Analisando esses problemas sócio-ambientais, pode-se começar a diminuir os impactos na confecção dos tijolos modulares de solo-cimento ou tijolo ecológico, seu processo de fabricação reduz a emissão de gases no meio ambiente e não contribui com os cortes de desmatamento, pois não existe a queima do tijolo como nos tijolos tradicionais. Na sua composição o solo é material que entra em maior proporção devendo ser seleccionado de modo que permita o menor consumo possível de cimento. Em geral, o suporte das actividades humanas no Distrito de Moatize exige materiais e energia, e conduz à intervenção física nos locais de trabalho, originando pressões sobre materiais, energia, água e território, com impactos quer no ambiente natural, quer construído, por vezes com reflexos importantes na sustentabilidade dos mesmos (Pinheiro, 2006). “A preocupação com a protecção do ambiente tem vindo a tornar-se uma questão importante e cada vez mais enraizada nos diversos actores da sociedade” (Koroneos e Dompros, 2007, pp. 2114-2123). O termo “desenvolvimento sustentável” pode ser descrito como um reforço da qualidade de vida do Distrito de Moatize e portanto permite a melhoria das condições sociais, económicas e ambientais para as gerações presentes e futuras. A necessidade de abranger os impactos no ciclo de vida surge cada vez mais como forma de quantificar e identificar os pontos críticos ambientais e suportar o desenvolvimento de soluções de menores impactos nos locais de produção de tijolo tradicional. 8.1.Produção de Tijolo Os tijolos são um material de construção conhecido e utilizado há milhares de anos. Actualmente, os tijolos são largamente utilizados a nível global nas construções, especialmente em todos os países de economias emergentes, sendo por isso produzidos em grandes quantidades segundo processos de produção em massa orientados para optimizar a economia e qualidade. Para (Koomey et al, 1998, pp. 433-440.), avança que: Um tijolo de argila, seja de que tipo for, na sua generalidade não é mais do que uma mistura de argila com água moldada na forma desejada, sujeita a um processo de secagem e que posteriormente é levada ao forno para cozer por um tempo considerável, que pode ser de um a vários dias, dependendo do processo de fabrico e do tipo de forno. 8.2. Causas da produção de Tijolo Os impactos começam ainda durante a fase de extracção de matérias-primas da terra, com a destruição de ecossistemas e habitats. O processo continua nas fases de transformação e fabrico com o uso de energia e a emissão de resíduos e desperdícios da queimadura dos tijolos de carvão mineral. O transporte dos materiais entre processos é também uma fase significativa para o apuramento dos impactos, visto que na maioria das vezes os vários processos são geograficamente distantes. Vários são os motivos que levam as pessoas a empreenderem a produção de tijolo, dentre elas: • Falta de emprego e necessidades estratégicas de sobrevivência das comunidades: nas regiões rurais verifica-se uma grande carência de postos de trabalho. Assim sendo, uma das formas de se evitar o êxodo rural as pessoas tendem executar actividade de produção de tijolo para o seu auto-sustento; 8.3.Consequências Portanto Qualquer actividade que seja realizada apresenta seus resultados. Assim, a produção de Tijolo tradicional tem as seguintes consequências: Movimentação das pessoas: para além de outros aspectos, todas as pessoas desejam levar uma vida economicamente saudável, daí, elas deslocam-se a procura de melhores condições de vida, motivadas também pela produção de tijolo como forma de ocupação por falta de emprego para seu auto-sustento. Assim acontecendo, teremos no local de chegada para além do aumento da população, verificar-se-á a perda da biodiversidade (pode-se verificar a extinção das algumas espécies ou micro-organismo durante o processo de produção), desabamento das terras (devido a movimentação do solo), aumento de erosão e geração de resíduos sólidos. 8.4. Boas práticas de produção de Tijolo tradicional • Prospecção e pesquisa da actividade de produção. • Criação de associações na área de produção. • Capacitação da comunidade em produção de tijolo em boas práticas. • Recuperação das áreas degradadas 8.5.Tipos de produção de tijolo Existem três formas básicas de produção de tijolos: A fabricação de Tijolos tradicional – que consiste no processo de produzir e garantir a queima, destruição de ecossistema no caso das plantas, provocando a erosão, é uma actividade que não regem a norma, nem os procedimentos como as outras formas de actividade de produção. A fabricação de tijolos ecológicos traz grandes vantagens, pois pode garantir produtos mais resistentes e baratos, com uma alta aceitação nas construções, além disso fará o aproveitamento da biomassa. Com o crescimento das usinas de biomassa, cada vez mais resíduos sólidos são gerados, o que será utilizado para a produção dos tijolos ecológicos. Com a produção do tijolo, surgiriam muitas oportunidades de emprego, o que deve ser levado em conta, consequentemente o barateamento de casas e edifícios tornaria a construção civil acessível às pessoas mais carentes. A produção de tijolo modulares é expresso em vários formatos, onde tem-se o tijolo com dois orifícios, com um orifício e o do tipo calha, feito por solo-cimento. 9.POPULAÇÃO OU UNIVERSO Constituirá o universo da Pesquisa as populações, os residentes no Bairro-2 no distrito de Moatize e o Conselho municipal de Moatize. Estes serão seleccionados de forma aleatória simples e intencional respectivamente. 10.RESULTADOS ESPERADOS Com o estudo, espera-se: • Repostas as características paisagísticas do Distrito de Moatize, concretamente no Bairro-2; • Reflorestada as áreas que outrora foram retiradas a cobertura vegetal para dar lugar de produção de Tijolo; • A população em geral consciencializada em matérias ambientais; 11.CRONOGRAMA Nº ACTIVIDADES PERÍODOS (2014) M A M J J A S O N 01 Escolha do tema 02 Elaboração do projecto 03 Colecta de dados 04 Tratamento de dados 05 Elaboração do texto 06 Revisão do texto 07 Entrega do trabalho 12.ORÇAMENTO Para a pesquisa, serão abordados assuntos relativos aos materiais permanentes e aos materiais de consumo. 12.1.Materiais permanentes Itens Quantidade Valor unitário Valor total (mt) Impressora 01 5.000,00 5.000,00 Scanner 01 4.500,00 4.500,00 Total 9.500,00 12.2.Material de consumo Itens Quantidade Valor unitário Valor total Esferográfica 03 5,00 15,00 Lapiseira 01 85,00 85,00 Resma 04 100,00 400,00 Borracha 01 25,00 25,00 Pasta 01 175,00 175,00 Total 700,00 BIBLIOGRAFIA 1. AMARAL, Ana Sofia, Produção de tijolo e abobadilha, Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro. Coimbra, 2005. 2. AAVV. Enciclopédia do conhecimento – ciência e tecnologia, Resomnia Editores, Portugal, 1990. 3. DIAS, Hildizina Norberto, at all, Manual das práticas pedagógicas, editora educar, Maputo, 2007. 4. GIL, António, Carlos Métodos e Técnicas de Pesquisa Social.6º Edição São Paulo Editora ATLAS.SA-2010. 5. Instituto de Investimento Para o Desenvolvimento, Mercado de terra urbana em Moçambique, Maputo, Dezembro/ 2004; 6. IVALA, Adelino Zacarias, HDEZ, Jorge Martinó, LUÍS, Albertino, orientações para elaboração de projectos e monografias científicas, Universidade Pedagógica, Nampula, 2007. 7. LAKATOS, Maria Eva, Fundamentos de Metodologia Cientifica, 3ª Edição, São Paulo, Editora Atlas, 1991. 8. ________________________, Metodologia de Trabalho Cientifico, São Paulo, Atlas S.A editora, 2008, 9. MICOA, Manual do Educador Ambiental, Maputo, Agosto de 2009 10. FERREIRA, José Vicente Apontamentos de gestão ambiental - Análise do Ciclo de Vida dos produtos. Instituto Politécnico de Viseu, Viseu, 2004. 11. KOOMEY, Jonathan & PRICE, Lynn; produção de tijolo tradicional, na construção civil e sector secundário. Volume 26, 1998. 12. KORONEOS, Christopher, Envolvimento assentamento de produção de tijolo, 5ª edição, Volume 42, 2007. 13. PINHEIRO, Manuel D. Ambiente e Construção Sustentável. Instituto do Ambiente, Amadora, 2006.

percepacao social de risco naturais

Índice INTRODUÇÃO 3 1.PERCEPÇÃO SOCIAL E A EDUCAÇÃO EM MATÉRIAS DE RISCOS NATURAIS 4 1.1.Percepção de Risco 5 1.1.1.Conceito 5 1.1.2.A percepção de risco e seus principais factores influenciadores 6 1.1.3.Regiões com elevada risco e baixo risco mas existem aquelas com baixa risco e elevado risco 8 1.1.4.Sua origem 8 1.1.6.Educação em matérias de riscos naturais 8 1.1.7.Avaliação em matéria de riscos naturais 10 1.1.8.A Educação em risco ambiente 11 CONCLUSÃO 13 BIBLIOGRAFIA 14   INTRODUÇÃO Nos últimos anos, tem aumentado cada vez mais os estudos dedicados à percepção dos riscos naturais, com o objectivo de caracterizar o pensamento das pessoas sobre os perigos a que estão expostos, e a forma como essas avaliações moldam os seus comportamentos na hora de tomarem decisões de prevenção. Todos os dias quando abrimos os jornais, somos confrontados com sismos, cheias catastróficas, secas ou deslizamentos de terras, que nos lembram do quanto somos vulneráveis a estes perigos. É neste contexto que surgem o presente trabalho de investigação científica na cadeira de Gestão de Risco Ambiental que tem como Tema, Percepção social e a educação em matérias de riscos naturais, que tem como seguintes objectivos: Objectivo geral  Compreender a Percepção social e a educação em matérias de riscos naturais Objectivos Específicos  Conceitualizar a percepção de Risco;  Explicar a origem de percepção de risco  Caracterizar a educação em matéria de riscos naturais Metodologia do trabalho No que diz respeito na elaboração do presente trabalho fez-se primeiro a recolha do material bibliográfico, sua crítica externa e finalmente fez se uma leitura analítica. Tratando-se de um trabalho académico, para a sua melhor compressão usou-se o método de consulta Bibliográfico e alguns documentos extraído na internet com uma linguagem afirmativa clara e precisa.   1.PERCEPÇÃO SOCIAL E A EDUCAÇÃO EM MATÉRIAS DE RISCOS NATURAIS A importância dos estudos sobre os riscos de matérias naturais tornou-se tão fundamental, quanto à preservação da vida, já que a existência dos seres humanos na biosfera vem sendo determinada, em sua maior parte, pelos seus aptos junto ao meio ambiente. A relevância da perspectiva subjectiva a partir da percepção deve-se ao facto de que as decisões relacionadas aos processos de prevenção, mitigação e resposta a acidentes não devem contar apenas com o arcabouço de conhecimentos técnicos e científicos, mas, também, com a participação activa da sociedade, em especial da comunidade exposta, para que sejam legítimas e eficazes as decisões e medidas adoptadas nos processos de gerenciamento dos riscos. Cada pessoa ou grupo social percebe objectos e fenómenos a partir do seu contexto de vida. Por esta razão pode-se dizer que ela não é estática, podendo evoluir no espaço e no tempo, a partir de novos estímulos e informações, tendo em vista que sua ampliação ocorre mediante processo cíclico com base na aproximação sujeito/objecto. A percepção corresponde ao conhecimento gerado a partir da experiência, é o primeiro passo para conhecer e transformar o mundo. Já a palavra risco comporta diversos significados que variam conforme o contexto em que é utilizada. No caso em estudo, o risco é o resultado de processos sociais que derivam de modelos de desenvolvimento vigentes e que de alguma forma têm sua origem na construção de ameaças e vulnerabilidades. Assim, a percepção de risco corresponde à maneira como as pessoas interpretam as ameaças e vulnerabilidades às quais encontram-se expostas. A forma de perceber o risco para um indivíduo ou determinado grupo social, fornece elementos para analisar o grau de conhecimento, interesses e valores em relação ao grau de aceitação ou intolerância, assim como a sua capacidade para avaliar, organizar, agir, prevenir, mitigar e responder aos acidentes.   1.1.Percepção de Risco 1.1.1.Conceito De acordo com Rocha (2006), “risco é a combinação de frequência e consequência de eventos indesejáveis envolvendo perda”. Segundo SLOVIC, citado por BERNARDO (2001, p.14) ”a percepção do risco é entendida pelos seus analistas como os julgamentos indutivos do risco, utilizados pela maioria das pessoas leigas em oposição aos métodos tecnologicamente sofisticados empregados pelos especialistas”. Portanto a capacidade de perceber e evitar risco condições ambientais adversas é necessária para a sobrevivência de todos os organismos vivos (Slovic, 1987, p.220). Essa capacidade humana tem tanto o poder de alterar o ambiente, bem como responder a ele, criando ou reduzindo o risco. Torna se fundamental neste momento uma breve, porém substancial abordagem conceitual acerca dos riscos ambientais, visto que estes não são tratados com a devida importância por parte da sociedade. Os factores que influenciam a sua aceitabilidade deve se a monitoramento e de campanhas de educação cívica desenvolvidas pelas entidades governamentais nos locais de maior risco. Portanto a alteração da zona de vegetação podem provocar uma redução da biodiversidade e da diversidade genética dentro das espécies de plantas. É particularmente importante para muitas espécies de plantas agrícolas, nas quais grande parte da diversidade genética é preservada na forma que crescem livremente nas áreas onde a cultura teve origem. O material genético destas espécies indigitam pode conferir tolerância a pragas e doenças ou facilitar adaptações a pressões ambientais tais como a seca. Segundo MICOA (2005, p. 5) “o que transforma um evento natural num desastre humano e económico, revela que os problemas de desenvolvimento que um país enfrenta são os mesmos que contribuem para a sua vulnerabilidade aos efeitos catastróficos dos eventos climáticos extremos”. Dessa forma, considerando ainda que o risco é uma construção social, directamente relacionada às dinâmicas socioeconómicas e políticas de cada contexto social e que, a percepção de risco é diferenciada para cada grupo social em função do nível e das dimensões de vulnerabilidade existente, pode-se considerar que quanto maior o grau de vulnerabilidade, maior, possivelmente será também, o grau de aceitação do risco, e consequentemente menor, a capacidade de gerenciá-lo. Diante do exposto, pode-se considerar que cada sociedade percebe e reage aos riscos de modo diferenciado em função do contexto histórico, cultural, social, político e económico, representada nos diferentes níveis de aceitação ou intolerância ao risco. Os resultados apontaram para um contexto de risco complexo, com múltiplas variáveis que reflectem uma percepção superficial de risco, caracterizada, pela compensação económica provenientes dos impostos e royalties da empresa, que possibilita uma suposta melhoria da “qualidade de vida”, sem contudo levar em conta os acidentes crónicos e agudos com graves impactos ambientais e comprometimento da saúde da população, bem como, da possibilidade de uma catástrofe no território. 1.1.2.A percepção de risco e seus principais factores influenciadores A percepção corresponde à interpretação de um signo produzido por um objecto. Conforme Santaella (1998), perceber é estar diante de algo que se apresenta, não somente através dos olhos, mas também de outros órgãos sensoriais, alimentando o sistema cognitivo. Nessa perspectiva não há engrossamento de interpretações e definições, não existe certo ou errado. Cada pessoa ou grupo social percebe objectos e fenómenos a partir do seu contexto de vida. Por esta razão pode-se dizer que ela não é estática, podendo evoluir no espaço e no tempo, a partir de novos estímulos e informações, tendo em vista que sua ampliação ocorre mediante processo cíclico com base na aproximação sujeito/objecto. Para o mesmo autor a percepção corresponde ao conhecimento gerado a partir da experiência, é o primeiro passo para conhecer e transformar o mundo. Já a palavra risco comporta diversos significados que variam conforme o contexto em que é utilizada. No caso em estudo, o risco é o resultado de processos sociais que derivam de modelos de desenvolvimento vigentes e que de alguma forma têm sua origem na construção de ameaças e vulnerabilidades.   Para FIGUEIREDO et al,( 2004). Assim, A percepção de risco corresponde à maneira como as pessoas interpretam as ameaças e vulnerabilidades às quais encontram-se expostas. A forma de perceber o risco para um indivíduo ou determinado grupo social, fornece elementos para analisar o grau de conhecimento, interesses e valores em relação ao grau de aceitação ou intolerância, assim como a sua capacidade para avaliar, organizar, agir, prevenir, mitigar e responder aos acidentes. De acordo com Slovic (1987) “alguns dos principais factores influenciadores da percepção de risco e consequente aceitação ou rejeição” dos mesmos são:  - A familiaridade com a fonte do risco, representada pela capacidade de tolerar e conviver com o risco, que pode ser ampliada em função da maior frequência e probabilidade de ocorrência;  - A aceitação voluntária do risco, que encontra-se directamente relacionada aos benefícios adquiridos, a exemplo dos económicos e sociais;  - A ocorrência ou não de justiça na distribuição dos benefícios e prejuízos decorrentes dos riscos, ou seja, da distribuição equitativa dos impactos positivos e negativos dos riscos naturais;  - A capacidade real de controlo sobre as fontes de risco naturais e sócio económico, seja individualmente, ou pela existência de mecanismos técnicos e institucionais eficazes;  - A confiança nos mecanismos e entidades de controlo e gestão dos riscos;  - A confiança nas fontes de informação sobre os riscos;  - O potencial catastrófico do risco, que quanto maior for, menor será a capacidade de convivência e tolerância;  - O grau de certeza relacionado à previsão das consequências do risco;  - O impacto previsível que as consequências do risco terão nas gerações futuras;  - A percepção sensorial do perigo;  - A percepção da (ir) reversibilidade das consequências do risco. Apesar dos factores apresentados, cabe salientar que estes são extremamente variáveis em diferentes grupos e contextos sociais. Eles interferem de modo diferenciado na percepção, na avaliação, na capacidade de aceitação e no convívio com os riscos, chegando a influenciar de modo completamente oposto à lógica da sustentabilidade ambiental.   1.1.3.Regiões com elevada risco e baixo risco mas existem aquelas com baixa risco e elevado risco Segundo esta afirmação nos locais de risco tem aparecido regiões com elevada perigosidade e baixo risco este facto se deve nestes locais de elevada perigosidade e a exposição ser menor, existir um número reduzido de populações e devido esta redução da população as infra-estruturas não sofrem uma pressão. Este facto faz com que quando acontece um risco apenas os danos seja insignificantes em relação aos locais com baixa perigosidade e elevado risco. Porque onde existe baixa perigosidade e elevado risco, o que tem acontecido é a existência de maior exposição, sobrecarga ou as pessoa vivem em locais onde não existe perigo mas devido ao maior número de habitantes por exemplo e uma construção desordenada faz com que este local haja maior risco de surgimento de doenças contagiosas entre outros males que possam surgir. 1.1.4.Sua origem da percepção de risco A precepcao de riscos naturais surgem com o modelo de desenvolvimento estabelecido a partir da Revolução Industrial (final do século XVIII) gerou um aumento qualitativo e quantitativo no processo de degradação da natureza. Esse processo é geralmente denominado risco natural, fazendo parte da dinâmica da natureza, ou seja, sua ocorrência independente da presença do homem. Porém, com a intensificação das actividades humanas, muitos processos naturais, passaram a ocorrer com mais frequência, dado que podem ser induzidos, acelerados e potencializados pelas alterações decorrentes do uso e ocupação do solo. 1.1.6.Educação em matérias de riscos naturais Matéria de risco, considerado um facto inerente à vida em sociedade, traduz-se numa multiplicidade de situações que afectam a vida de todos nós, colocando em causa a segurança e o bem-estar de cada um. Desde os fenómenos naturais, motivados por alterações climáticas, aos acidentes de natureza tecnológica, ambiental ou de viação, entre outros, que ocorrem no nosso quotidiano, o risco é uma contingência que acompanha a acção do homem. Considerado um factor de vulnerabilidade, o risco comporta, porém, uma dimensão particularmente positiva, de desafio e motivação, que impele ao conhecimento e à acção na busca de soluções. Conhecer, reconhecer, avaliar e evitar o risco desnecessário implicam o domínio de saberes que reforçam a tomada de consciência e a decisão informada. A educação para o risco hoje é reconhecida como uma componente da formação da criança e do jovem que importa desenvolver desde os primeiros anos de vida. A escola tem neste processo um papel fundamental, assumindo-se como interveniente privilegiado na mobilização da sociedade, proporcionando e promovendo dinâmicas e práticas educativas que visam, no espectro mais amplo da educação para a cidadania, a adopção de comportamentos de segurança, de prevenção e gestão adequada do risco naturais e sociais. Percebeu-se que compreendendo a educação ou as formas como as pessoas pensam e respondem ao risco, se poderia melhorar a comunicação entre os decisores e o público em geral, contribuindo com estratégias efectivas de gestão do risco. Portanto é importantes contributos para compreender a percepção dos riscos têm surgido nas mais diversas áreas, desde a geografia, sociologia e psicologia. O estudo geográfico originalmente tem-se focado em compreender o comportamento humano, no enfrentar dos riscos naturais. Estudos da Educação em matérias de riscos naturais demonstram que a percepção e aceitação do risco têm as suas raízes em factores sociais e culturais. Outros argumentam que a resposta aos perigos é influenciada por exemplo, pelos amigos, família, ou colegas de trabalho. A avaliação efectiva de matéria de risco é vista como um processo de dois sentidos. Sem ouvir as pessoas, é impossível compreender o que sabem e o que pensam. De facto, os leigos não partilham da visão dos cientistas, quer sobre a seca quer de qualquer outro risco. Os investigadores têm as suas percepções sobre o risco, baseadas em critérios científicos, enquanto que o público em geral baseia a sua percepção em conhecimentos que reflectem a sua cultura, educação, situação socioeconómica. Por isso é importante, quando se tem de gerir riscos, considerar diferenças de percepção, construindo uma ponte entre o conhecimento dos leigos e o científico. O objectivo deste artigo é dar a conhecer os princípios básicos propostos pela percepção de risco, e o papel que pode desempenhar na gestão dos riscos Existe inúmeras formas de classificar os riscos, uma delas têm por base situações potenciais de perdas e danos ao homem, considerando assim os Riscos Ambientais como a classe maior dos riscos e assim subdividindo-os em classes e subclasses. As classes de risco existentes são: os riscos naturais, riscos tecnológicos e riscos sociais. Os riscos naturais compreendem aos riscos físicos (riscos atmosféricos, riscos geológicos e riscos hidrológicos) e aos riscos biológicos (riscos associados à fauna e os riscos associados à flora) e também os riscos sócio-económico. 1.1.7.Avaliação em matéria de riscos naturais • Estudo da instabilidade de vertentes e avaliação da perigosidade e dos riscos associados. • Avaliação da erosão hídrica e risco de desertificação. • Avaliação do perigo e do risco associados à ocorrência de eventos meteorológicos extremos. • Modelação do perigo e do risco de cheia em SIG. • Modelação multirriscos em SIG com métodos estatísticos/probabilísticos. • Desenvolvimento de metodologias para cartografia de recursos naturais utilizando SIG e Inteligência Artificial Uma Avaliação dos riscos Ambientais é uma avaliação dos impactos potenciais positivos ou negativos, que podem ser causados por uma actividade ou operação proposta no meio ambiente natural. A finalidade da avaliação é garantir que os gestores florestais considerem estes impactos ambientais e utilizem os resultados dessa avaliação para tomar decisões e amenizar os impactos negativos. Avaliação dos riscos Ambientais é um instrumento preventivo usado nas políticas de ambiente e gestão ambiental com o intuito de assegurar que um determinado projecto passível de causar danos ambientais seja analisado de acordo com os prováveis impactos no meio ambiente, e que esses mesmos impactos sejam analisados e tomados em consideração no seu processo de aprovação. A elaboração de um A.R.A é apoiada em estudos ambientais elaborados por equipes multidisciplinares, os quais apresentam diagnósticos, descrições, analises e avaliações sobre os impactos ambientais efectivos e potenciais do projecto. 1.1.8.A Educação em risco ambiente A educação ambiental para áreas de encostas vai atuar buscando despertar a população de reside nesses locais, onde durante os meses de fortes chuvas estão vulneráveis, os agentes externos que contribuem diretamente com essa problemática vivenciada nas periferias dos principais centros urbanos em todo País. A tabela 1 mostra os tipos de ocupação e as vantagens e os risco ou desvantagens de ocupar uma área de encosta, e como se processam essas ocupações. Tipo de Ocupação Vantagens Risco ou Desvantagens. Ocupação planeada promovida por iniciativa do sector público, em topos terraplanados, sem tratamento das encostas adjacentes. O relevo aplainado facilita o traçado do loteamento e a execução da obra. Resulta em profunda desorganização estrutural do solo, facilitando e induzindo a deslizamentos ou altas taxas de erosão, como é o caso das voçorocas Ocupação planeada promovida por iniciativa do sector privado, em topos terraplanados, sem tratamento das encostas adjacentes. O relevo natural plano facilita o traçado e a execução da obra. A indefinição urbanística do entorno da ocupação formal permite a invasão das encostas; Apresenta alta susceptibilidade à erosão e aos deslizamentos. Ocupação espontânea promovida por iniciativa da população através de invasão, em tabuleiros. Os tabuleiros planos oferecem menor risco que as suas encostas. Tendência de expansão desordenada da invasão, avançando sobre as encostas; Apresenta alta susceptibilidade à erosão e aos deslizamentos Fonte: Adaptação de Cunha (1991). Segundo Cunha (1991), os principais agentes responsáveis pela deflagração dos deslizamentos/desmoronamentos de encostas são a retirada da vegetação, lançamento e concentração de águas pluviais, vazamento nas redes de abastecimento e esgoto, presença de fossas; cortes com talude excessivo; aterros defeituosos e lançamento de lixo em encostas.   CONCLUSÃO Feito o trabalho concluiu se que A importância dos estudos sobre os riscos de matérias naturais tornou-se tão fundamental, quanto à preservação da vida, já que a existência dos seres humanos na biosfera vem sendo determinada, em sua maior parte, pelos seus aptos junto ao meio ambiente. Ainda constatei que a percepção do risco é entendida pelos seus analistas como os julgamentos indutivos do risco, utilizados pela maioria das pessoas leigas em oposição aos métodos tecnologicamente sofisticados empregados pelos especialistas”. É particularmente importante para muitas espécies de plantas agrícolas, nas quais grande parte da diversidade genética é preservada na forma que crescem livremente nas áreas onde a cultura teve origem. O material genético destas espécies indigitam pode conferir tolerância a pragas e doenças ou facilitar adaptações a pressões ambientais tais como a seca. Cada pessoa ou grupo social percebe objectos e fenómenos a partir do seu contexto de vida. Por esta razão pode-se dizer que ela não é estática, podendo evoluir no espaço e no tempo, a partir de novos estímulos e informações, tendo em vista que sua ampliação ocorre mediante processo cíclico com base na aproximação sujeito/objecto. Matéria de risco, considerado um facto inerente à vida em sociedade, traduz-se numa multiplicidade de situações que afectam a vida de todos nós, colocando em causa a segurança e o bem-estar de cada um. Desde os fenómenos naturais, motivados por alterações climáticas, aos acidentes de natureza tecnológica, ambiental ou de viação, entre outros, que ocorrem no nosso quotidiano, o risco é uma contingência que acompanha a acção do homem.  BIBLIOGRAFIA 1. BERNARDO, Márcia Espanhol, Risco na Usina Química: Os Acidentes e Contaminação nas Representações dos trabalhadores. São Paulo 2001 2. CUNHA. Marcio. A. (Coord.) Ocupação de Encosta. São Paulo. IPT. Instituto de Pesquisa Tecnológica, 1991. 3. MICOA, Avaliação das Capacidades de Gestão de Riscos de Desastres, Maputo 2005 4. MANUEL, Alberto Fernando at all, Manual de Educação Ambiental nas Escolas Vocacionais de Moçambique, Maputo Outubro 2010 5. MICOA, Programa de Acção Nacional para a Adaptação, Às Mudanças Climáticas (NAPA), Dezembro de 2000 6. SANTAELLA, Lúcia. A Percepção: uma teoria semiótica. São Paulo. Experimento: 2ª ed. 1998. 7. SLOVIC, P. Perception of risk. Science, nº 236, 1987.

mitigacao de riscos ambientais

Índice Introdução 3 1. Mitigação de risco e atenção de emergência 4 1.1.Gestão de Emergência 4 1.1.1.Avaliação de Riscos de emergência 7 1.1.2.Gestão de Riscos de emergência 7 1.1.3.Gestão das Áreas Contaminadas 8 1.1.4.Diagnóstico de Áreas de emergência 11 1.2.Ciclo de Gestão de Emergência 12 1.2.1.Recuperação 14 Conclusão 15 Bibliografia 16   Introdução O Gerenciamento de Riscos é o processo de tomar e executar decisões que minimizem os efeitos dos riscos adversos que perdas acidentais possam ter sobre uma organização. Estas ameaças aos negócios podem ser decorrentes da própria actividade tecnológica ou podem ser externas, decorrentes dos efeitos das mudanças climáticas, da violência urbana ou de ataques terroristas. É considerada uma função da organização que deve ser exercida por todos e em todos os níveis de administração, que deverá fazer parte do planeamento estratégico da organização e deve produzir acções efectivas nas diversas áreas de actuação: seguros e outras formas de financiamento de riscos; engenharia de segurança e prevenção de perdas; controle de riscos de acidentes maiores, incluindo os riscos tecnológicos, os desastres naturais e os riscos ao meio ambiente. É neste contexto que surgem o presente trabalho de investigação cientifica, da cadeira de Gestão de Risco Ambiental que como tema, Mitigação de risco e atenção de emergência, (Gestão de Emergência e Ciclo de risco de Emergência), com seguintes objectivos: Objectivo Geral  Compreender a Mitigação de risco e atenção de emergência, (Gestão de Emergência e Ciclo de risco de Emergência), Objectivos Específicos  Definir gestão de emergência;  Explicar a gestão de emergência;  Descrever o ciclo de risco de emergência. Metodologia do trabalho No que diz respeito na elaboração do presente trabalho fez-se primeiro a recolha do material bibliográfico. Tratando-se de um trabalho académico, para a sua melhor compressão usou-se o método de consulta Bibliográfico e alguns documentos extraído na internet com uma linguagem afirmativa clara e precisa. 1. Mitigação de risco e atenção de emergência A Análise de Riscos é um estudo que visa a identificação dos perigos de uma actividade, projecto ou área, seguido pela estimação do risco existente para possíveis receptores, podendo ser tantos bens, pessoas ou ambientais. Além disso, devem ser propostas medidas de gerenciamento, tanto preventivas quanto acções emergências em um eventual acidente, em prol de se diminuir o risco e minimizar as consequências adversas (dano). Para testar o Sistema de Gestão de Emergência, é necessário observar seu funcionamento, definindo ao menos uma tipologia acidental para testá-lo. Segundo BURGHERR & HIRSCHBERG (2006), Dentre os acidentes resultantes de acções humanas, os ocorridos no sector de energia ocupam a segunda posição, ficando atrás somente dos acidentes de trânsito. Acidentes ocorridos em actividades ligadas à produção de carvão respondem por dois terços de todos os ocorridos no sector energético, deixando em segundo lugar os ocasionados no sector petrolífero. Com as restrições cada vez maiores impostas a utilização do carvão como fonte de energia e o aumento do consumo de óleo e derivados, constata-se a tendência de ascensão do número de acidentes no segmento de óleo e gás. 1.1.Gestão de Emergência A Gestão de Emergências é a disciplina e/ou profissão que aplica a ciência, tecnologia e planeamento, sob a forma de um processo contínuo, para lidar com eventos extremos que possam ferir ou matar um grande número de pessoas, promover danos a propriedade e perturbar a vida da comunidade. Nesse processo, “todos os indivíduos, grupos e comunidades buscam, sobretudo, o gerenciamento dos riscos para evitar ou amenizar os impactos dos possíveis desastres” (BRITTON, 2002). Para que Sistema de Gestão de Emergência de uma organização seja eficiente é necessário que esteja integrado aos seus sistemas de gestão de rotinas, segurança e processos. Isso ocorre mais facilmente quando a organização possui uma abordagem e rotina de comunicação clara dos riscos existentes e das medidas necessárias para sua mitigação e controle e com o envolvimento e comprometimento da alta administração. As emergências são comummente tratadas como uma consequência improvável e indesejável das actividades de uma organização que tem uma diferente razão de ser, ou seja, outra atividade fim. Toda a atenção das organizações é voltada, normalmente, para a melhoria contínua do produto para a qual foi concebida. A ausência de directrizes claras e direcionamento de esforços por parte da administração da organização, a falta ou insuficiência de requisitos legais e órgãos fiscalizadores inadequados, não capacitados ou pouco frequentes são factores que fazem com que as organizações não preocupem-se com a Gestão de Emergência. O Sistema de Gestão de Emergência visa, portanto, fornecer uma base para que as organizações possam organizar suas políticas e sistemas de gestão com a finalidade de identificar e reduzir os riscos existentes em suas actividades, reduzir a vulnerabilidade das comunidades e outras organizações em função destas actividades, preparar-se para a resposta a emergências de forma a minimizar as consequências de potenciais acidentes e promover a resiliência tanto da organização como para das comunidades e outras organizações que possam ser afectadas por essas emergências. As áreas contaminadas são hoje objecto de uma vasta literatura, embora no caso específico do áreas de risco de emergência ainda sejam pouco contempladas pelos mecanismos legais e pela gestão ambiental. Do ponto de vista conceitual aqui também cabe indagar sobre algumas definições. Para SÁNCHEZ (2006) afirma que, Uma breve discussão sobre o que é o Ambiente se faz necessária em prol de compreender a abrangência do termo. Ambiente é amplo, multifacetado e maleável. Amplo, pois pode incluir tanto a natureza quanto a sociedade. Multifacetado porque pode ser apreendido por diferentes perspectivas. Flexível porque, se é ao mesmo tempo amplo e multifacetado, pode ser reduzido ou ampliado de acordo com as necessidades do analista ou interesses envolvidos. A Agência de Avaliação Ambiental, define ambiente como a água, a atmosfera e o solo ou toda combinação de um ou outro ou, de maneira geral, o meio ambiente com que as espécies vivas entre têm relações dinâmicas. Apesar de ser uma parcela importante, não se pode deixar de lado o aspecto antrópica do ambiente, muitas vezes negligenciado por ecologistas extremados. A percepção ambiental entre um empresário que busca explorar os recursos minerais de uma reserva são claramente distintas daquela de um aborígene que usa os recursos naturais para subsistência. A CETESB (1999) propõe uma definição ampla para o termo Área Contaminada, visando englobar a maioria das possíveis formas de ocorrência e problemas gerados pela existência destas: “Uma área contaminada pode ser definida como uma área, local ou terreno onde há comprovadamente poluição ou contaminação, causada pela introdução de quaisquer substâncias ou resíduos que nela tenham sido depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados de forma planejada, acidental ou até mesmo natural”. Nessa área, os poluentes ou contaminantes podem concentrar-se em sub-superfície nos diferentes compartimentos do ambiente, por exemplo, no solo, nos sedimentos, nas rochas, nos materiais utilizados para aterrar os terrenos, nas águas subterrâneas ou, de uma forma geral, nas zonas não saturada e saturada, além de poderem concentrar-se nas paredes, nos pisos e nas estruturas de construções. Os poluentes ou contaminantes podem ser transportados a partir desses meios, propagando-se por diferentes vias, como, por exemplo, o ar, o próprio solo, as águas subterrâneas e superficiais, alterando suas características naturais ou qualidades e determinando impactos negativos e/ou riscos sobre os bens a proteger, localizados na própria área ou em seus arredores.”   1.1.1.Avaliação de Riscos de emergência O risco é considerado uma função que relaciona a frequência de acidentes com suas respectivas consequências, pode-se com base nos resultados quantitativos das etapas anteriores estimar o risco de um empreendimento, particularmente para os danos ao homem e seus bens. Como foi visto, estas estimativas dependem de uma série de variáveis, diferentes para cada empreendimento, e muitas vezes pouco conhecidas, apresentando diferentes níveis de incerteza, sendo praticamente impossível descrever todos os riscos existentes. Portanto, em uma avaliação de risco devem ser cobertas todas as situações que possam ter vítimas fatais ou a saúde da comunidade vizinha e seus bens. O modo mais comum de se apresentar tais riscos é dividindo-os em Risco Social e Risco Individual. A Avaliação dos Riscos envolve principalmente a comparação de níveis de risco, estes baseados em opiniões pessoais e quesitos subjectivos, muitas vezes variando de pessoa a pessoa, de acordo com a sua percepção e sua predisposição a riscos. No entanto, a definição de limites é algo necessário para avaliar empreendimentos com potencial de danos à população e seus bens, decorrente de acidentes ou produtos perigosos. 1.1.2.Gestão de Riscos de emergência A última etapa da análise de riscos envolve a tomada de providências, desde estruturais, procedimentos e educacionais, que visem a redução das frequências e consequências de eventuais acidentes, baseadas nas considerações feitas pelas etapas anteriores, em especial na Avaliação dos Riscos. Ainda assim, durante a sua operação, um empreendimento que utilize substâncias ou processos perigosos deve estar funcionando de acordo com padrões adequados, e sofrendo manutenção periódica. Para tal, é recomendável que um Programa de gerenciamento de Riscos (PRG) seja implementado, tanto para as operações rotineiras como para as excepcionais. O objectivo do PRG é promover uma sistemática que, baseada em actividades de gestão, atenda a todas as operações e equipamentos, periodizando acções de gerenciamento de risco baseadas nos cenários acidentais propostos, sendo documentadas e estabelecida a responsabilidade de cada processo. Dentre as actividades, a CETESB (2003) propõem a seguinte lista para empreendimentos de médio e grande porte, enquanto que as actividades com asterisco são para os empreendimentos de pequeno porte:  Informações de segurança de processos;  Revisão dos riscos de processos;  Gerenciamento de modificações;  Manutenção e garantia da integridade de sistemas críticos;  Procedimentos operacionais;  Capacitação de recursos humanos;  Investigação de acidentes;  Auditorias;  Plano de Acção de Emergências (PAE); 1.1.3.Gestão das Áreas Contaminadas A contaminação de áreas ocorre desde tempos imemoriais, sendo intensificada a partir da revolução industrial. CETESB (1999) atribui as principais causas de contaminação a incidentes de disposição inadequada de resíduos e emissões no passado e no presente, ao manejo incorrecto de substâncias perigosas nos processos industriais, a perdas durante o processo produtivo, armazenamento e estocagem inadequada de produtos químicos, vazamentos nos processos e acidentes, e por fim, o descondicionamento falho ou incompleto de empreendimentos. Estas áreas contêm substâncias que tem o potencial de causar dano ao meio, à fauna, flora e à saúde humana, com riscos mais ou menos elevados, variando de acordo com a tipologia química presente, a quantidade e outras variáveis. Não obstante, tais áreas servem como fontes de contaminação secundárias, podendo extrapolar seus perigos para além do local imediatamente afectado, através de múltiplas modalidades de transporte, e até atingindo outros meios. Dentre os problemas decorrentes da presença de áreas contaminadas podem ser identificados o risco a saúde humana e ao ecossistema, risco a segurança dos indivíduos e da propriedade, redução do valor imobiliário e restrições ao desenvolvimento urbano. Vale ressaltar que existe a possibilidade de contaminação dos recursos hídricos, especialmente áreas subterrâneas com potencial de abastecimento público. (CETESB 1999, Sánchez 2001) O gerenciamento de áreas contaminadas (GAC) é uma actividade que busca a diminuição dos riscos que os receptores como a população, seus bens e o ambiente estão sujeitos, causados pela presença de perigos que contaminam os meios. Tal actividade é conseguida através de um conjunto de medidas que asseguram o conhecimento das características físico-químicas dessas áreas e dos impactos por elas causados, propondo os instrumentos necessários à tomada de decisão quanto às formas de intervenção mais adequadas. Os principais objectivos do processo de gerenciamento de áreas contaminadas, se encontram:  A geração de informação sobre áreas contaminadas e sua disponibilização;  Eliminar ou reduzir os riscos à saúde humana e ao meio ambiente;  Evitar danos aos bens e ao público no presente, na remediação e no futuro;  Permitir o uso adequado presente ou futuro da área;  Responsabilizar o causador do dano e suas consequências. A partir daí é construída a hierarquia das etapas necessárias para se completar tais objectivos, que podem ser separadas em três grupos: - O processo de identificação de áreas contaminadas, que busca a localização das áreas contaminadas, sendo constituído por quatro etapas:  Definição da região de interesse;  Identificação de áreas potencialmente contaminadas;  Avaliação preliminar;  Investigação confirmatória. - O processo de diagnóstico de áreas contaminadas, que após a investigação confirmatória realizar uma investigação detalhada da situação com as técnicas apropriadas, incluindo duas etapas:  Investigação detalhada;  Avaliação de risco; - O processo de remediação de áreas contaminadas, que consiste na adoção de medidas correctivas nessas áreas que possibilitem recuperá-las para um uso compatível com as metas estabelecidas a ser atingidas após a intervenção, podendo ser para usos múltiplos ou para um específico seleccionado previamente. Esse processo é constituído por quatro etapas:  Investigação para remediação;  Projecto de remediação;  remediação;  Monitoramento.   1.1.4.Diagnóstico de Áreas de emergência A primeira etapa do processo de diagnóstico de Áreas Contaminadas envolve a investigação detalhada, semelhante a investigação confirmatória. No entanto, sua principal atribuição é a quantificação da contaminação, minuciosamente averiguando as características das fontes de perigo, a qualidade dos meios afectados, a área de dispersão dos contaminantes presentes e a evolução da pluma de contaminação se aplicável. Tais detalhes são fundamentais para a etapa seguinte, que se baseia principalmente nos resultados aqui encontrados. A avaliação de risco pode ser iniciada com os dados até então gerados. Como visto anteriormente, seu objectivo principal é a quantificação do risco decorrente das contaminações presentes sobre os bens a proteger, culminando em recomendações que visem o gerenciamento e diminuição deste risco. Os resultados obtidos nesta etapa devem ser utilizados para guiar as decisões a serem tomadas, indicando quais os factores prioritários a serem sanados, além de indicar que metodologias de remediação podem ser mais eficazes para a recuperação da área para um uso definido. Em alguns casos o gerenciamento de áreas contaminadas pode terminar aqui, pois dependendo da contaminação presente, pode-se somente adequar o uso do solo ou do meio hídrico a uma tipologia compatível. Quando a contaminação é muito elevada ou não se pretende alterar o tipo de uso presente, se faz necessário a aplicação do terceiro processo do GAC.   1.2.Ciclo de Gestão de Emergência A Gestão Integrada de Emergência foi uma tentativa de alinhar as praticas de Gestão de Emergência, apontando a responsabilidade e promovendo a capacidade de uma unidade política (nação, estado, área) para gerências todos os tipos de emergências e desastres pela coordenação de acções de todos os envolvidos. “O Ciclo de Gestão de Emergência aponta que as autoridades políticas devem ter a responsabilidade e capacidade para gerir todos os tipos de emergências e desastres naturais, coordenando as acções de todos os envolvidos” (BRITTON, 2001). Sua proposta de integração baseia-se na dimensão temporal de desastres naturais, poluição, áreas contaminadas para organizar o processo de gestão de um ciclo de quatro fases, que muitas vezes se sobrepõem (COVA, 1999), dois pré desastre: mitigação dos riscos (redução dos riscos, ou prevenção) e preparação (prontidão) e dois pós-desastre: resposta e recuperação (conforme ilustrado na figura -1 abaixo. Preparação Recuperação Mitigação Resposta Fonte: (Autor 2014) - Fases que compõem o ciclo de Gestão de Emergência, A fase de Mitigação é normalmente o primeiro inicia-se com a identificação dos riscos e, seu sucesso depende da qualidade desta análise. Acções de mitigação visam prevenir ou impedir a ocorrência de um desastre futuro, pela eliminação ou redução dos riscos e/ou reduzir as consequências geradas pela ocorrência de acidentes (BRITTON & CLARK, 1999). O planeamento para recuperação pós-desastre de áreas afectadas é um importante componente da fase de mitigação. Essa abordagem, quando aplicada, acelera a recuperação das comunidades e promove uma maior resiliência, porém requer um desenvolvimento e envolvimento maior destas comunidades, autoridades e iniciativa privada. Desta forma, a implementação de estratégias de mitigação se conecta ao processo de recuperação, fechando o ciclo. A chave para uma resposta efectiva é estar preparado. A fase de preparação consiste em acções tomadas por governos, organizações, e indivíduos para desenvolver capacidade operacional e facilitar uma efectiva resposta à emergência, visando salvar vidas e reduzir os danos causados. Nesta fase, os gestores de emergência buscam assegurar a execução das acções de resposta, para reduzir as consequências do incidente, sobretudo através da elaboração de planos de resposta. Medidas de preparação comuns incluem: a identificação de recursos críticos e planos para seu gerenciamento; o desenvolvimento de acordos entre as agências de resposta (municipais, estaduais e governamentais), definição e instalação dos sistemas de alerta; instalação de centros de resposta à emergências; elaboração de plano de comunicação de emergência; definição da política de informação pública; necessidade e periodicidade de treinamento e exercícios – incluindo recursos humanos da comunidade (BRITTON & CLARK, 1999). Finalmente, a fase de preparação provê o fundamento e os mecanismos necessários para a fase de resposta a emergência. Quando uma emergência é deflagrada, a fase de preparação termina, e começa o momento em que todo o planeamento é colocado à prova. A fase de resposta envolve acções que são tomadas imediatamente antes, durante ou instantaneamente depois da ocorrência de uma emergência, com o intuito de salvar vidas (como prover assistência emergencial às vitimas), minimizar o dano a propriedade e aumentar a efectividade das acções de recuperação. As acções de resposta buscam ainda estabilizar a situação e reduzir a probabilidade de impactos / danos secundários (JOHNSON, 2000). A resposta para qualquer emergência deve ser baseada no sistema de gerenciamento de emergência organizacional / governamental existentes, onde os recursos e processos estão definidos. As acções de recuperação são aquelas necessárias para fazer com que todos os sistemas retornem ao seu estado original ou melhorem. São basicamente de dois tipos: 1. Actividades de recuperação em curto prazo que objectivam restabelecerem os sistemas vitais de apoio a padrões operacionais mínimos e, 2. As actividades de recuperação em longo prazo, que podem continuar durante vários anos depois de um desastre. Seu objectivo é promover o retorno da vida ao normal ou níveis melhores (JOHNSON, 2000). 1.2.1.Recuperação As acções de recuperação, conforme mencionado anteriormente são aquelas necessárias para fazer com que todos os sistemas retornem ao seu estado original ou melhorem. Durante a fase de Planeamento e Preparação, na etapa análise e gerenciamento dos riscos, muita atenção é dada para as acções de mitigação dos riscos visando reduzir a probabilidade da ocorrência de acidentes ou mesmo reduzir suas consequências. Após essas medidas, as etapas de avaliação da capacidade e desenvolvimento da capacidade (essa última já na Fase de Desenvolvimento e Execução) identificam e estabelecem medidas, acções e recursos necessários para promover a recuperação das partes envolvidas e afectadas pelo acidente / incidente. A etapa de recuperação é o momento onde essas acções são efectivamente executadas. Essa etapa inicia-se ainda durante o atendimento a emergência, porém pode estender-se por meses e anos. É importante que as acções identificadas como prioritárias (aquelas que visam restabelecer os sistemas vitais de apoio a padrões operacionais mínimos) ocorram com brevidade. Outro ponto importante durante a etapa de recuperação é a capacidade das equipes envolvidas em identificar situações não previstas nas análises de risco de vulnerabilidade e de resiliência e desenvolver e implementar acções a medida que a situação exige. Durante a etapa recuperação, oportunidades significativas de redução dos impactos de futuras emergências para a vida da comunidade são identificadas e devem retro alimentar a fase de planeamento, tanto pela identificação de acções para mitigação, como para a análise de riscos, de vulnerabilidade e de resiliência como para as medidas de gerenciamento de riscos. Conclusão Feito o trabalho concluiu se que a Análise de Riscos é um estudo que visa a identificação dos perigos de uma actividade, projecto ou área, seguido pela estimação do risco existente para possíveis receptores, podendo ser tantos bens, pessoas ou ambientais. Além disso, devem ser propostas medidas de gerenciamento, tanto preventivas quanto acções emergências em um eventual acidente, em prol de se diminuir o risco e minimizar as consequências adversas (dano). A Gestão de Emergências é a disciplina e/ou profissão que aplica a ciência, tecnologia e planeamento, sob a forma de um processo contínuo, para lidar com eventos extremos que possam ferir ou matar um grande número de pessoas, promover danos a propriedade e perturbar a vida da comunidade. Constatou se que ainda o gerenciamento de áreas contaminadas (GAC) é uma actividade que busca a diminuição dos riscos que os receptores como a população, seus bens e o ambiente estão sujeitos, causados pela presença de perigos que contaminam os meios. Tal actividade é conseguida através de um conjunto de medidas que asseguram o conhecimento das características físico-químicas dessas áreas e dos impactos por elas causados, propondo os instrumentos necessários à tomada de decisão quanto às formas de intervenção mais adequadas. Também concluiu se que o Ciclo de Gestão de Emergência aponta que as autoridades políticas devem ter a responsabilidade e capacidade para gerir todos os tipos de emergências e desastres naturais, coordenando as acções de todos os envolvidos. As acções de recuperação, conforme mencionado anteriormente são aquelas necessárias para fazer com que todos os sistemas retornem ao seu estado original ou melhorem. Durante a fase de Planeamento e Preparação, na etapa análise e gerenciamento dos riscos, muita atenção é dada para as acções de mitigação dos riscos visando reduzir a probabilidade da ocorrência de acidentes ou mesmo reduzir suas consequências. Bibliografia 1. BURGHERR, P. & HIRSCHBERG, S. Severe accident risks in fossil energy chains: A comparative analysis. Energy, no.33, Aalborg, Dinamarca. 2008. . Disponível em: < http://www.sciencedirect.com>. Acesso em: 20 Agosto. 2014 2. BRITTON, Neil R. and CLARK, Gerard J. Emergency Management and Insurance: Towards a Collaborative Approach. In: The Changing Risk Landscape: Implications for Insurance Risk Management: proceedings of a conference sponsored by Aon Group Australia Ltd. / ed. Neil R. Britton, 1999. 3. CETESB, Companhia de tecnologia e saneamento ambiental, 2007. 4. CETESB, Companhia de tecnologia e saneamento ambiental, Manual, Orientação para a Elaboração de Estudos de Análise de Riscos. São Paulo, 2003. 5. COVA, T.J. GIS in emergency management. In: Longley, P.A. et al. Geographical Information Systems: Principles, Techniques, Applications, and Management. New York, John Wiley & Sons, 1999. 6. JOHNSON, R. GIS Technology for Disasters and Emergency Management. An ESRI White Paper, New York, Mai. 2000. Disponível em . Acesso em: Acesso em: 21 Agosto. 2014.