quinta-feira, 19 de março de 2015

Índice




1.Introdução

População activa empregada principalmente nos sectores primários ou no sector terciário em actividades marginais; Cidades com crescimento muito rápido e cercada por bairros pobres e miseráveis; Baixo nível de vida da maioria da população; Crescimento populacional elevado e Expectativa de vida baixa, fraca assistência médica e medicamentosa, baixa nível de escolaridade.
É neste contexto que o presente trabalho da cadeira de tendência do desenvolvimento económico em África e Moçambique que tem como Tema: a razão da existência de taxas altas de desemprego nos países em desenvolvimento, especialmente nas cidades, e porque é que a migração das zonas rurais para as cidades persiste mesmo havendo poucas probabilidades de se encontrar emprego. Que tem como Objectivos:

1.1.Objectivo Geral:

Ø  Analisar a razão da existência de taxas altas de desemprego nos países em desenvolvimento, especialmente nas cidades, e porque é que a migração das zonas rurais para as cidades persiste mesmo havendo poucas probabilidades de se encontrar emprego.

1.2.Objectivos Específicos:

Ø  Descrever a razão da existência de taxas altas de desemprego nos países em desenvolvimento, especialmente nas cidades;
Ø  Explicar a razão da migração das zonas rurais para as cidades persiste mesmo havendo poucas probabilidades de se encontrar emprego.
Quanto a metodologia por se tratar de um trabalho académico, para a sua melhor compressão usou-se o método de consulta Bibliográfico e alguns documentos extraído na internet com uma linguagem afirmativa clara e precisa.
  



A razão da existência de taxas altas de desemprego nos países em desenvolvimento, especialmente nas cidades, e porque é que a migração das zonas rurais para as cidades persiste mesmo havendo poucas probabilidades de se encontrar emprego.
A designação "em desenvolvimento" são destinadas a conveniência estatística e não necessariamente expressam um juízo sobre o estágio alcançado por um determinado país ou região no processo de desenvolvimento.
Ou ainda os Países em desenvolvimento são aqueles nos quais, devido a diversas carências estruturais, uma parte importante de sua população vive em situação de pobreza, sem ter acesso a condições mínimas de alimentação, saúde, educação moradia e serviços básicos.
Segundo Vieira, (2005, p.345), A razão da existência de taxas altas de desemprego nos países em desenvolvimento, especialmente nas cidades porque os países em desenvolvimento possuem certos característicos que contribuem para uma nação subdesenvolvida que são: “Passaram por um grande processo de exploração durante o período colonial; Baixo nível de industrialização; Dependência económica, política e cultural em relação às nações desenvolvidas; Deficiência tecnológica e baixo nível de conhecimento científico; Rede de transporte e meios de comunicação deficientes”.

Também a dependência em relação aos países desenvolvidos; Baixo nível de produtividade e de renda; Altos níveis de inflação e restrições orçamentais (Altas taxas de desemprego); Estrutura económica dualista (Coexistência de duas situações, uma desejável outra não. Ex.: economia tradicional e moderna; mercado formal e informal, crescimento e estagnação, alguns com graus universitários e muitos analfabetos).
Ø  Portanto possui altos níveis de crescimento populacional; Escassez de bens e serviços básicos; Baixo nível de bem-estar ou de vida (Dependência na produção agrícola e exportação de produtos primários); Prevalência de mercados imperfeitos e falta de informação.
Ø  Ainda o nível de industrialização baixíssimo; Indústrias ligadas ao beneficiamento de produtos  dependência dos países ricos. Importação de bens de produção e bens deàagrícolas e ao setor da mineração; Mais industrializados:
África do Sul, Argélia e Egito. Atraso tecnológico  consumo. África do Sul: mais de 50% da produção industrial africana; maior parque industrial do continente; setores automobilístico, siderúrgico, químico e  maioria transnacionais e alimentício 
 “As Causas do Subdesenvolvimento que contribuem para o Fraco Desenvolvimento de outros países e Ordem económica; Políticas económicas e sociais mal sucedidas; População (crescimento, baixo nível de conhecimento etc.); Escassez e/ou baixo aproveitamento de recursos naturais existentes; Falta de recursos humanos qualificados, (José, 2001, p.25)”.

2.A migração das zonas rurais para as cidades persiste mesmo havendo poucas probabilidades de se encontrar emprego.

2.1. O marco historial de movimento das pessoas das zonas rurais para as cidades

Estes camponeses começaram a migrar em grande quantidade para as cidades romanas, principalmente, a capital do império, Roma. Esta legião de desocupados passou a preocupar os imperadores, que tinham medo de revoltas.
 Criaram, pare evitar problemas sociais nas cidades, a política do pão-e-circo (comida e diversão para acalmar e distrair os desempregados). Ante de falar da migração das zonas rurais para as cidades persiste mesmo havendo poucas probabilidades de se encontrar emprego primeiro vamos falar de pequena historial. Na Roma Antiga: durante o Império Romano, a mão-de-obra escrava foi substituindo o trabalho livre na zona rural.
Na Idade Média: entre os séculos XIII e XV (Baixa Idade Média), o comércio voltou a ser praticado, impulsionando o surgimento e desenvolvimento de cidades. Uma nova classe social surgiu, a burguesia. Muitos camponeses deixavam a zona rural em busca de melhores condições de vida nestas cidades.
Revolução Industrial: com o surgimento das indústrias no século XVIII, as grandes cidades europeias passaram a atrair grandes quantidades de camponeses. Estes buscavam trabalho nas fábricas e melhores salários.
A migração das zonas rurais para as cidades persiste mesmo havendo poucas probabilidades de se encontrar emprego devido as varias causas que são os principais motivos que fazem com que grandes quantidades de habitantes saiam da zona rural para as grandes cidades são: busca de empregos com boa remuneração, mecanização da produção rural, fuga de desastres naturais (secas, enchentes, etc), qualidade de ensino e necessidade de infra-estrutura e serviços (hospitais, transportes, educação, etc). (Azevedo, 2004, p.73-83),

O trabalhador rural, em desvantagem perante a modernização do campo, sem trabalho e sustento para a família, vê-se obrigado a migrar para a cidade em busca de emprego e melhores condições de vida. As causas, são diversas, dentre elas temos a mecanização no processo de agricultura.
Com o crescimento económico de determinadas regiões, os campos modernizam-se e as actividades manuais passam a ser mecanizadas, substituindo a mão-de-obra por máquinas.
As cidades industrializam-se e com as novas fábricas e empresas aumenta a oferta de trabalho, atraindo os moradores do campo que buscam melhoria de vida e melhores empregos. A capitalização também é um factor determinante para essa transição do campo/cidade.
Contudo, a oferta torna-se escassa devido à quantidade de migrantes que vão surgindo e grande parte dessa população, que se desloca para os centros urbanos, não têm a qualificação adequada para as vagas oferecidas.




2.2.Consequências

Os empregos não são suficientes e muitos migrantes partem para o mercado de trabalho informal e passam a residir em habitações sem boas condições (favelas, cortiços, etc). Portanto com isso provoca, na maioria das vezes, problemas sociais. Cidades que recebem grande quantidade de migrantes, muitas vezes, não estão preparadas para tal fenómeno.
De acordo Adelino, (1995, p.142), Além do desemprego, o êxodo rural descontrolado causa outros problemas nas grandes cidades.
 Ele aumenta em grandes proporções a população nos bairros de periferia das grandes cidades. Como são bairros carentes em hospitais e escolas, a população destes locais acabam sofrendo com o atendimento destes serviços. Escolas com excesso de alunos por sala de aula e hospitais superlotados são as consequências deste facto.
Os municípios rurais também acabam sendo afectados pelo êxodo rural. Com a diminuição da população local, diminui a arrecadação de impostos, a produção agrícola decresce e muitos municípios acabam entrando em crise. “Há casos de municípios que deixam de existir quando todos os habitantes deixam a região”. (Ferrao, 2005).
Esse crescimento desenfreado da população urbana causou o inchaço das cidades, deixando os trabalhadores amontoados nos morros, cortiços e com isso deu-se o surgimento de inúmeras favelas em cidades.
As consequências desse processo de migração em massa são inúmeras. Como o número de trabalhadores superava o número de vagas de emprego ofertadas, muitos acabaram instalando-se nas regiões periféricas das cidades, lugares carentes de serviços essenciais como saneamento, saúde, escola e transporte.
Na óptica de Vasconcelos, (2005, p.123), O grande salto no número de habitantes nas áreas carentes fez aumentar a violência e, desempregados, muitos viram como opção o trabalho informal (como vendedores ambulantes). A falta de planeamento urbano junto com o êxodo rural também teve como consequência o aumento de doenças e miséria dentre as classes mais pobres.
Na construção de uma cidade não foi diferente; um número extremamente alto de migrantes deslocou-se para a região central do país e instalou-se pelos arredores da capital federal, fazendo surgir cidades que estavam fora do planeamento urbano, hoje chamadas de cidades-satélites.
Os problemas causados pelo crescimento desenfreado e falta de estrutura urbana para receber tal contingente de migrantes são vistos até os dias de hoje, na desigualdade social, violência e cidades com um grande número de favelas.
O êxodo rural, embora em menor percentual, ainda é praticado ou persiste nos dias actuais e vem transformando a geografia do país. Acções governamentais como incentivo aos trabalhadores rurais, subsídios e melhor planeamento urbano podem ajudar a diminuir esse contingente de migrantes e a manter o homem do campo no campo, para que este não venha a se tornar mais um no percentual geográfico das grandes cidades, (BANCO MUNDIAL 2004).



Conclusão

Feito o trabalho concluiu-se que a designação em desenvolvimento são destinadas a conveniência estatística e não necessariamente expressam um juízo sobre o estágio alcançado por um determinado país ou região no processo de desenvolvimento.
Também a migração das zonas rurais para as cidades persiste mesmo havendo poucas probabilidades de se encontrar emprego devido as varias causas que são os principais motivos que fazem com que grandes quantidades de habitantes saiam da zona rural para as grandes cidades são:
Ø  Busca de empregos com boa remuneração, mecanização da produção rural, fuga de desastres naturais (secas, enchentes, etc), qualidade de ensino e necessidade de infra-estrutura e serviços (hospitais, transportes, educação, etc).
Ainda concluiu-se que as Causas do Subdesenvolvimento que contribuem para o Fraco Desenvolvimento de outros países e Ordem económica; Políticas económicas e sociais mal sucedidas; População (crescimento, baixo nível de conhecimento etc.); Escassez e/ou baixo aproveitamento de recursos naturais existentes; Falta de recursos humanos qualificados.
Os empregos não são suficientes e muitos migrantes partem para o mercado de trabalho informal e passam a residir em habitações sem boas condições (favelas, cortiços, etc). Portanto com isso provoca, na maioria das vezes, problemas sociais. Cidades que recebem grande quantidade de migrantes, muitas vezes, não estão preparadas para tal fenómeno.



Bibliografia

1.    AZEVEDO, Manuel de Antunes “do crescimento económico ao desenvolvimento humano em tempos de globalização”. Revista Luso de Ciências Sociais, nº 1, 2004. pp. 73-83.
2.    BANCO MUNDIAL Pobreza mundial reduzida pela metade desde 1981, mas avanços são desiguais porque o crescimento económico não alcançou muitos países. Indicadores de Desenvolvimento Mundial, Banco Mundial (BM). 2004.
3.    VASCONCELOS, L. Ferreira “Dinâmica de rendimentos, persistência da pobreza e políticas sociais em Portugal”. FEP Working Papers , nº 178, Faculdade de Economia do Porto (FEP), Junho, 2005.
4.    FERRAO, Tony & Tibana, Roberto A economia política do orçamento em Moçambique. Cascais: Princípia. 2005.
5.    JOSÉ G. Negrão “Como induzir o desenvolvimento em África”. Documento de Trabalho, nº 61, 2001.
6.    ADELINO Torres, Problemas de desenvolvimento. Lisboa: Universidade Técnica de Lisboa (UTL). 1995.
7.    VIEIRA, Sérgio P. Crescimento económico, desenvolvimento humano e pobreza: Análise da situação em Moçambique. Documento de Trabalho, nº 68, Centro de Estudos Sobre África e do Desenvolvimento, Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa (CESA). 2005.





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